domingo, 10 de abril de 2011

TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - II





Um mundo habitável para as gerações vindouras

 
Há  situações  comuns a todos os habitantes deste Mundo, conforme explica John Kennedy: “o laço essencial que nos une é que habitamos este pequeno Planeta; respiramos o mesmo ar e todos nos preocupamos com o futuro dos nossos filhos”. Em decorrência dessa nossa preocupação com as gerações vindouras, em razão de esses achaques serem produzidos pelo próprio homem e atingirem a todos os seres da Terra, dependemos da vontade humana para resolvê-los. No entanto, chegamos ao terceiro milênio, período marcado por enorme desenvolvimento tecnológico e notamos que, para alguns problemas básicos os quais preocupam a todos, não foram apresentadas soluções: há povos inteiros imersos em completa miséria; a paz é interrompida, frequentemente, por conflitos internacionais e; além desses, há o meio ambiente que se encontra ameaçado por sério desequilíbrio ecológico. 

Embora a Terra disponha de riquezas incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos – encontramos legiões de famintos em pontos específicos dela. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações. Todavia, é aqui, na sociedade brasileira, que notamos a gravidade desse problema. No site EcoDebate Cidadania & Meio Ambiente, há o resultado de uma avaliação realizada pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 2010, sobre a cara da forme no Brasil: “As disparidades regionais são de extrema relevância: 37,5% das residências no País sofrem com insegurança alimentar. Essa taxa seria de 25% no Sul e 55%, no Nordeste. A média nacional aponta que a desnutrição infantil que atinge 1,9% das crianças, chega a 3,5% no Nordeste e mais de 8% em três Estados; 21% dos brasileiros ainda sofrem de anemia.” Diante desse fato, entendemos haver a necessidade de intervenção de autoridades políticas e população, em geral, em todas as regiões do país, umas mais urgentes que outras, como por exemplo, a do Nordeste. Enfim, governantes de nosso país têm empenhado, na última década, pela erradicação da miséria, mas, a fome insiste em não esconder a cara. Necessário se torna, portanto, continuarmos com a bandeira da solidariedade e do compromisso social hasteada.

Além do problema da fome, nestes últimos meses, temos assistido, com certa preocupação, a conflitos bélicos que se sucedem em várias partes do mundo. A luta interna por democracia, nos países mulçumanos (Egito, Tunísia, Líbia, entre outros), parece ser válida; no entanto, os efeitos não se encontram circunscritos a território nacional apenas, como se observa na fuga por parte da população líbia para países vizinhos (Tunísia e Egito principalmente), agravando os problemas sociais destes: falta de moradia, atendimento médico (muitos se encontram feridos), escassez na alimentação, ausência de perspectiva quanto ao futuro, entre outros. Na Líbia mesmo, a guerra conta com forças internacionais e não possui data para terminar. Diante desse quadro, lamentamos que, em tempos de tamanha velocidade nas comunicações, não haja rápido entendimento entre os envolvidos. A morte continua a assombrar a população mais pobre, por não conseguir evadir-se das regiões dos conflitos. Enfim, muitos desses conflitos trazem à memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coreia, as quais provocaram grande extermínio.  

Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns habitantes desse Planeta ao promoverem desmatamentos desordenados, poluírem o ar e águas de rios, entre outras agressões contra a Natureza. Em decorrência da ausência de cuidado com o meio ambiente, neste ano, 2011, testemunhamos o excesso de chuvas e o enorme prejuízo a vidas humanas e a bens materiais em várias partes do mundo (Austrália, China, Paquistão, Venezuela, Colômbia, entre outros). Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por provocar grandes catástrofes como a que vimos no Japão (terremoto seguido de Tsunami) e no Brasil (Rio de Janeiro com mais de setecentas mortes). Sendo assim, a reveladora falta de respeito ao meio ambiente, compromete o equilíbrio ecológico, tão necessário às gerações vindouras.
          
Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a crer que o homem encontra-se muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e, indiretamente, a qualquer pessoa consciente e solidária. Portanto, para haver mudança de comportamento, aqui em nosso país, é necessário educar os brasileirinhos para preservar e defender o meio em que vivem. Para isso valem projetos que levem estudantes a agirem nas suas comunidades, ao denunciarem cidadãos ou empresas envolvidos em atos de destruição; participarem do plantio de árvores à beira de rios; entre outros. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras também por parte de autoridades, mediante fiscalização em matas e florestas, aprovação de leis mais rígidas contra esses descasos; para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, poderá ser mais facilmente habitado pelas gerações vindouras.

Adaptado por Delinha

OBS.: Dedico esse texto aos meus alunos do Cursinho Morenão. É uma paráfrase, atualizada, no conteúdo e recursos de produção.

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