quinta-feira, 7 de abril de 2011

REDAÇÃO: PARTE IV


E se não concordamos com a ideia prevista no tema?

Selecionamos um projeto de texto com uma contra-argumentação (ou refutação).

Como incluir a contra-argumentação no texto: 
    
A dissertação argumentativa começa com a proposição clara e sucinta da ideia que irá ser comprovada, a TESE. A essa primeira parte do texto dissertativo chamamos de introdução.

A segunda parte, chamada desenvolvimento, visa à apresentação dos argumentos que comprovem a tese, ou seja, a PROVA. É costume estruturar a argumentação em ordem crescente de importância, como foi explicado no início desta lição, a fim de prender cada vez mais a atenção do leitor às razões apresentadas. Essas razões baseiam-se em provas demonstráveis através dos fatos-exemplo, dados estatísticos e testemunhos.

Na dissertação argumentativa mais formal, o desenvolvimento apresenta uma subdivisão, a REFUTAÇÃO, na qual se apresenta possíveis contra-argumentos que possam contrariar a tese ou as provas.

Nessa parte, a ordem de importância inverte-se, colocando-se, em primeiro lugar, a refutação do contra-argumento mais forte e, por último, do mais fraco, com o propósito de se depreciarem as ideias contrárias e ir-se, aos pontos, refutando a tese adversa, ao mesmo tempo em que se afasta o leitor ou ouvinte dos contra-argumentos mais poderosos.

Na última parte, a conclusão, enumeraram-se os argumentos e conclui-se, reproduzindo as tese, isto é, faz-se uma SÍNTESE. Além de fazer uma síntese das ideias discutidas, pode-se propor, na conclusão, uma solução para o problema discutido.

Projeto de texto: refutação    

Assunto: Vestibular

Tema: Vestibular, um mal necessário. 

Tese: O vestibular privilegia os candidatos pertencentes às classes mais favorecidas economicamente.  

Prova: Os candidatos que estudaram em escolas com infra-estrutura deficiente, com as escolas públicas do Brasil, por mais que se esforcem, não têm condições de concorrer com aqueles que frequentaram bons colégios.      

Refutação: Mesmo que o acesso à universidade fosse facilitado para candidatos de condição econômica inferior, o problema não seria resolvido, pois a falta de um aprendizado sólido, no Ensino Fundamental e Médio, comprometeria o ritmo do Curso Superior.
    
Conclusão (síntese): As diferenças entre as escolas públicas e privadas são as verdadeiras responsáveis pela seleção dos candidatos mais ricos.

FONTE:  In Novo Manual da Nova Cultural - Redação, Gramática, Literatura e Interpretação de Textos, de Emília Amaral e outros.

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