quinta-feira, 24 de março de 2011

PRODUÇÃO DE TEXTO II


(Continuação)

Cabe ainda comentar que preconceitos e superstições também não colaboram com o texto argumentativo. Uma argumentação legítima precisa ser construtiva e crítica. Por isso que Othon M. Garcia baseia-se nos elementos da consistência do pensamento e da evidência dos fatos. Descartes considera a evidência como o critério da verdade. Porém, a argumentação informal só será considerada uma evidência se houver comprovação. Às vezes, conversas são apenas exposições narrativas e descritivas sem nenhuma preocupação com o real. Mesmo assim nos encontros informais há de qualquer forma uma pessoa tentando convencer outra. Dependendo do ponto de vista, isso pode ser uma argumentação mesmo sendo falaciosa.

Para que possamos focalizar os defeitos e as qualidades do texto argumentativo começaremos pelas qualidades passando em seguida para os defeitos. Partindo da premissa de que todo texto deve ter unidade, coerência e ênfase, analisaremos cada um desses recursos. Contudo, percebemos que não são os únicos, mas talvez os que possam representar a parte fundamental para que haja comunicação. A unidade consiste em dizer uma coisa de cada vez. Todas as ideias cumprem seu papel desenvolvendo a ideia núcleo, permitindo a compreensão. As ideias principais e as secundárias mantêm relações. Nesse momento surge a coerência com o intuito de organizar o sentido de cada ideia apresentada. Para Othon M. Garcia a coerência é a alma do texto. Como se pode ter sentido se a coerência não assumiu o seu papel?

No livro Comunicação em Prosa Moderna Othon M. Garcia comenta que “ênfase é a ideia predominante não apenas que aparece sob a forma de oração principal, mas também se coloca em posição de relevo, por estar no fim ou próximo do fim do período-parágrafo". Com isso, ele comprova que é indispensável dar ênfase à ideia-núcleo, quer pelo encadeamento dos termos na oração e das frases no texto, quer pela expressividade. Além desses recursos meliorativos não podemos deixar de fazer comentários sobre alguns vícios considerados condenáveis. Para muitos profissionais de redação, erros grosseiros podem invalidar um texto argumentativo. Observemos o texto abaixo extraído de um vídeo exibido na Casa de Detenção de São Paulo, para ensinar aos detentos formas de prevenção contra a aids:

(Leiam o exemplo de argumentação na linguagem dos detentos - Parte III)

Por: Luci Mary

FONTE: http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno07-14.html

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