terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

TEMA POLÊMICO: COMPORTAMENTO BRASILEIRO




Um homem estado-unidense que morou 3 anos em São Paulo publicou uma lista em seu blog com os motivos pelos quais odiou o Brasil depois que voltou para os Estados Unidos. Talvez, tenha se tratado apenas de um choque de culturas, com as qual ele não conseguiu lidar muito bem.

Mas é inegável que essa história pode ter contribuído para alimentar uma visão bastante negativa do nosso país, que já é bastante estereotipado nos países estrangeiros.

Veja a lista publicada pelo norte-americano e entenda porque ela causou tanta polêmica:

1 – Os brasileiros não têm consideração com as pessoas fora do seu círculo de amizades e muitas vezes são simplesmente rudes. Por exemplo, um vizinho que toca música alta durante toda a noite… E mesmo se você vá pedir-lhe educadamente para abaixar o volume, ele diz-lhe para você ir se fu… E educação básica? Um simples “desculpe-me”, quando alguém esbarra com tudo em você na rua simplesmente não existe.

2 – Os brasileiros são agressivos e oportunistas, e, geralmente, à custa de outras pessoas. É como um “instinto de sobrevivência” em alta velocidade, o tempo todo. O melhor exemplo é o transporte público. Se eles veem uma maneira de passar por você e furar a fila, eles o farão, mesmo que isso signifique quase matá-lo, e mesmo se eles não estiverem com pressa. Então, por que eles fazem isso? É só porque eles podem, porque eles veem a oportunidade, por que eles querem ganhar vantagem em tudo. Eles sentem que precisam sempre de tomar tudo o que podem, sempre que possível, independentemente de quem é prejudicado como resultado.

3 - Os brasileiros não têm respeito por seu ambiente. Eles despejam grandes cargas de lixo em qualquer lugar e em todos os lugares, e o lixo é inacreditável. As ruas são muito sujas. Os recursos naturais abundantes, como são, estão sendo desperdiçados em uma velocidade surpreendente, com pouco ou nenhum recurso.

4 - Brasileiros toleram uma quantidade incrível de corrupção nos negócios e governo. Enquanto todos os governos têm funcionários corruptos, é mais comum e desenfreado no Brasil do que na maioria dos outros países, e ainda assim a população continua a reeleger as mesmas pessoas.

5 – As mulheres brasileiras são excessivamente obcecadas com seus corpos e são muito críticas (e competitivas com) as outras.

6. Os brasileiros, principalmente os homens, são altamente propensos a casos extraconjugais. A menos que o homem nunca saia de casa, as chances de que ele tenha uma amante são enormes.

7 – Os brasileiros são muito expressivos de suas opiniões negativas a respeito de outras pessoas, com total desrespeito sobre a possibilidade de ferir os sentimentos de alguém.

8 – Brasileiros, especialmente as pessoas que realizam serviços, são geralmente malandras, preguiçosas e quase sempre atrasadas.

9 – Os brasileiros têm um sistema de classes muito proeminente. Os ricos têm um senso de direito que está além do imaginável. Eles acham que as regras não se aplicam a eles, que eles estão acima do sistema, e são muito arrogantes e insensíveis, especialmente com o próximo.

10 – Brasileiros constantemente interrompem o outro para poder falar. Tentar ter uma conversa é como uma competição para ser ouvido; uma competição de gritos.

11 – A polícia brasileira é essencialmente inexistente quando se trata de fazer cumprir as leis para proteger a população, como fazer cumprir as leis de trânsito, encontrar e prender os ladrões, etc. Existem Leis, mas ninguém as aplica, o sistema judicial é uma piada e não há normalmente nenhum recurso para o cidadão que é roubado, enganado ou prejudicado. As pessoas vivem com medo e constroem muros em torno de suas casas ou pagam taxas elevadas para viver em comunidades fechadas.

12 – Os brasileiros fazem tudo inconveniente e difícil. Nada é simplificado ou concebido com a conveniência do cliente em mente, e os brasileiros têm uma alta tolerância para níveis surpreendentes de burocracia desnecessária e redundante. Brasileiros pagam impostos altos e taxas de importação que fazem tudo, especialmente produtos para o lar, eletrônicos e carros, incrivelmente caros. E para os empresários, seguindo as regras e pagando todos os seus impostos faz com que seja quase impossível de ser rentável. Como resultado, a corrupção e subornos em empresas e governo são comuns.

13 – Está quente como o inferno durante nove meses do ano, e ar condicionado nas casas não existe aqui, porque as casas não são construídas para ser hermeticamente isoladas ou incluir dutos de ar.

14 – A comida pode ser mais fresca, menos processada e, geralmente, mais saudável do que o alimento americano ou europeu, mas é sem graça, repetitivo e muito inconveniente. Alimentos processados, congelados ou prontos no supermercado são poucos, caros e geralmente terríveis.

15 – Os brasileiros são super sociais e raramente passam algum tempo sozinhos, especialmente nas refeições e fins de semana. Isso não é necessariamente uma má qualidade, mas, pessoalmente, eu odeio isso porque eu gosto do meu espaço e privacidade, mas a expectativa cultural é que você vai assistir (ou pior, convidar amigos e família) para cada refeição e você é criticado por não se comportar “normalmente” se você optar por ficar sozinho.

16 – Brasileiros ficam muito perto, emocionalmente e geograficamente, de suas famílias de origem durante toda a vida. Como no #16, isso não é necessariamente uma má qualidade, mas pessoalmente eu odeio porque me deixa desconfortável e afeta meu casamento. Adultos brasileiros nunca “cortam o cordão” emocional e sua família de origem (especialmente as mães) continuam a se envolvido em suas vidas diariamente, nos problemas, decisões, atividades, etc. Como você pode imaginar, este é um item difícil para o cônjuge de outra cultura onde geralmente vivemos em famílias nucleares e temos uma dinâmica diferente com as nossas famílias de origem.

17 – Eletricidade e serviços de internet são absurdamente caros e ruins.

18 – A qualidade da água é questionável. Os brasileiros bebem, mas não morrem, com certeza, mas com base na total falta de aplicação de leis e a abundância de corrupção, eu não confio no governo que diz que é totalmente seguro e não vai te fazer mal ao longo prazo.

19 – E, finalmente, os brasileiros só tem um tipo de cerveja (aguada) e realmente é uma porcaria, e claro, cervejas importadas são extremamente caras.

20 – A maioria dos motoristas de ônibus dirige como se eles estivessem tentando quebrar o ônibus e todos dentro dele.

21 – Calçadas no meu bairro são cobertos com urina e cocô de cães que latem dia e noite.

22 – Engarrafamentos de Três horas e meia toda vez que chove.

23 – Raramente as coisas são feitas corretamente da primeira vez. Você tem que voltar para o banco, consulado, escritório, mandar e-mail ou telefonar 2-10 vezes para as pessoas a fazerem o seu trabalho.

24 – Qualidade do ar muito ruim. O ar muitas vezes cheira a plástico queimado.

25 – Ir a Shoppings e restaurantes são as principais atividades. Não há nada pra fazer se você não gastar. Há um parque principal e está horrivelmente lotado.

26 – O acabamento das casas é péssimo. Janelas, portas, dobradiças, tubos, energia elétrica, calçadas, são todos construídos com o menor esforço possível.

27 – Árvores, postes, telefones, plantas e caixas de lixo são colocados no centro das calçadas, tornando-as intransitáveis.

28 – Você paga o triplo para os produtos que vão quebrar dentro de 1-2 anos, talvez.

29 – Os brasileiros amam estar bem no seu caminho. Eles não dão espaço para você passar.

30 – A melhor maneira de inspirar ódio no Brasil? Educadamente recusar-se a comer alimentos oferecidos a você. Não importa o quão válida é a sua razão, este é considerado um pecado imperdoável aos olhos dos brasileiros e eles vão continuar agressivamente incomodando você para comê-lo.

31 – As pessoas vão apertar e empurrar você sem pedir desculpas. No transporte público você vai tão apertado que você é incapaz de mover qualquer coisa, além da sua cabeça.

32 – O Brasil é um país de 3° mundo com preços ridiculamente inflacionados para itens de qualidade. Para se ter uma ideia, São Paulo é classificada como a 10ª cidade mais cara do mundo. (New York é a 32ª).

33 – A infidelidade galopante. Este não é apenas um estereótipo, tanto quanto eu gostaria que fosse. Homens na sociedade brasileira são condicionados a acreditar que eles são mais ”viris” por saírem com várias mulheres.

34 – Zero respeito aos pedestres. Sim, eles não param para você passar. Na melhor das hipóteses, eles vão buzinar.

35 – Quando calçadas estão em construção espera-se que você ande na rua. Alguns motoristas se recusam a fazer o menor desvio a sua presença, acelerando a poucos centímetros de você, mesmo quando a pista ao lado está livre.

36 – Nem pense em dizer a alguém quando você estiver viajando para o EUA. Todo mundo vai pedir para você trazer iPods, X-Box, laptops, roupas, itens de mercearia, etc. em sua mala, porque eles são muito caros ou não disponíveis no Brasil.

37 – A menos que você goste muito de futebol ou reality shows (ou seja, do Big Brother), não há nada muito que conversar com os brasileiros em geral. Você pode aprender fluentemente Português, mas no final, a conversa fica muito limitada, muito rapidamente.

38 – Tudo é construído para carros e motoristas, mesmo os carros sendo 3x o preço de qualquer outro país. Os ônibus intermunicipais de luxo são eficientes, mas o transporte público é inconveniente, caro e desconfortável para andar.

Consequentemente, o tráfego em São Paulo e Rio é hoje considerado um dos piores da Terra (SP, possivelmente, o pior).

Mesmo ao meio-dia podem ter engarrafamentos enormes que torna impossível você andar mesmo em um pequeno trajeto limitado, a menos que você tenha uma motocicleta.

39 – Todas as cidades brasileiras (com exceção talvez do Rio e o antigo bairro do Pelourinho em Salvador) são feias, cheias de concreto, hipermodernas e desprovidas de arquitetura, árvores ou charme. A maioria é monótona e completamente idêntica na aparência. Qualquer história colonial ou bela mansão antiga é rapidamente demolida para dar lugar a um estacionamento ou um shopping center.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

TEXTO NOTA DEZ DA FUVEST-SP


TEXTO NOTA MIL (ENEM)





A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado aumentos significativos nas últimas décadas. De acordo com o Mapa da Violência de 2012, o número de mortes por essa causa aumentou em 230% no período de 1980 a 2010. Além da física, o balanço de 2014 relatou cerca de 48% de outros tipos de violência contra a mulher, dentre esses a psicológica. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa problemática persiste por ter raízes históricas e ideológicas.

O Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras da sociedade patriarcal. Isso se dá porque, ainda no século XXI, existe uma espécie de determinismo biológico em relação às mulheres. Contrariando a célebre frase de Simone de Beavouir “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, a cultura brasileira, em grande parte, prega que o sexo feminino tem a função social de se submeter ao masculino, independentemente de seu convívio social, capaz de construir um ser como mulher livre. Dessa forma, os comportamentos violentos contra as mulheres são naturalizados, pois estavam dentro da construção social advinda da ditadura do patriarcado. Consequentemente, a punição para este tipo de agressão é dificultada pelos traços culturais existentes, e, assim, a liberdade para o ato é aumentada.

Além disso, já o estigma do machismo na sociedade brasileira. Isso ocorre porque a ideologia da superioridade do gênero masculino em detrimento do feminino reflete no cotidiano dos brasileiros. Nesse viés, as mulheres são objetificadas e vistas apenas como fonte de prazer para o homem, e são ensinadas desde cedo a se submeterem aos mesmos e a serem recatadas. Dessa maneira, constrói-se uma cultura do medo, na qual o sexo feminino tem medo de se expressar por estar sob a constante ameaça de sofrer violência física ou psicológica de seu progenitor ou companheiro. Por conseguinte, o número de casos de violência contra a mulher reportados às autoridades é baixíssimo, inclusive os de reincidência.

Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas e ideológicas brasileiras dificultam a erradicação da violência contra a mulher no país. Para que essa erradicação seja possível, é necessário que as mídias deixem de utilizar sua capacidade de propagação de informação para promover a objetificação da mulher e passe a usá-la para difundir campanhas governamentais para a denúncia de agressão contra o sexo feminino. Ademais, é preciso que o Poder Legislativo crie um projeto de lei para aumentar a punição de agressores, para que seja possível diminuir a reincidência. Quem sabe, assim, o fim da violência contra a mulher deixe de ser uma utopia para o Brasil.


Autoria: Amanda Carvalho Maia Castro

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

MODELO DE TEXTO NOTA DEZ


AS FACES DA BAJULAÇÃO
Carolina Destro Borges

“Todo bajulador vive à custa de quem lhe dá ouvidos”. Jean de La Fontaine revela que a bajulação é uma relação de afeto mútuo em que o locutor é alimentado pela inocência da vítima. A adulação é dotada de opiniões divergentes, ora é considerada um defeito, ora uma virtude. Contudo, o ato de bajular traz consequências, e algumas dúvidas surgem: quais os motivos de se tornar um bajulador? O que a prática da bajulação pode acarretar aos envolvidos? Se afetada, como a vítima reage à ação do outro?
O bajulador, vulgarmente chamado de puxa-saco, age com propósitos vários, previamente estabelecidos. As razões que levam um indivíduo a essa prática estão fundamentadas em um objetivo final: o próprio benefício. A fábula “O Corvo e a Raposa” de La Fontaine aborda esse tema envolvendo uma personagem que, geralmente, é vista como bajuladora, a raposa. Esta elogia o corvo e consegue um pedaço de queijo, porém a bajulação vai muito além... O lisonjeador pode ter motivos maiores, como elevar-se em um grupo deixando os outros prejudicados, aquém daquele. Portanto, os aduladores têm diversos motivos, porém sempre almejam tirar proveito da situação.
A bajulação massageia o ego do bajulado e acaba por acarretar consequências. Por sua vez, o adulado pode responder de diferentes maneiras: caso o ato de bajular influencie positivamente, a autoestima da vítima aumenta, porém se o contrário ocorrer, isto é, caso a influência seja negativa, pode causar depressão e o sentimento de ódio. Francis Bacon, o fundador da ciência moderna, disse “a baixeza mais vergonhosa é a adulação”, qualificando “adular” como um termo pejorativo. A bajulação é vista como a necessidade de ouvir o que deseja e a incapacidade de aceitar a verdade. Sendo assim, a lisonja virtuosa, ou não, resulta em consequências.
Dessa maneira, a adulação é enfrentada de diversas formas e possui diferentes causas e efeitos. Por isso algumas mudanças são imprescindíveis para que a honestidade prevaleça. Cabe às empresas promoverem palestras de alerta à sociedade. Além disso também é necessário que as escolas façam debates sobre prevenção à bajulação. Porém, a mudança mais efetiva abarcaria a educação que os pais dão aos seus filhos, mostrando-lhes que a sinceridade é sempre o caminho certo a ser seguido. Assim, poderíamos viver em um mundo mais justo e verdadeiro.

REDAÇÃO - DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA


Modelos de Tese:

Vamos iniciar o estudo com alguns esclarecimentos sobre a primeira parte da estrutura que é a Tese, antes chamada de Introdução. A Tese de uma dissertação deve ser clara, objetiva e concisa, preferencialmente. Esta precisa ser discutida, argumentada e concluída.

Seguem exemplos de teses, visto que uma das reclamações dos alunos é sempre esta: “Professora, eu não sei começar!"

Assim, os exemplos ajudarão a resolver esse impasse, dando inúmeras possibilidades ao aluno.

Vale lembrar que na tese deve sempre estar presente a palavra-chave do tema proposto.

1 – Cena descritiva:
Exemplo:
O som invade a cidade. Buzinas estridentes atordoam os passantes. Edifícios altíssimos cobrem os céus cinzentos da metrópole. Uma fumaça densa e ameaçadora empresta a São Paulo o aspecto de fotografias antigas sombreadas pela cor do tempo. É a paisagem tristonha da poluição.

2 – Uma frase declarativa ou afirmação:
Exemplo:
O artista contemporâneo, diante de um mundo complexo e agitado, tem por missão traduzir o mais fielmente possível essa realidade. Mesmo que pareça impossível impedir que o subjetivismo esteja presente, deve-se despir de opiniões já estabelecidas de pré-julgamentos ou preconceitos, a fim de que essa tradução seja fidedigna.

3 – Frases ou expressões nominais:
Exemplo:
Baixos salários. Médicos descontentes. Enfermagem pouco qualificada. Falta de medicamentos. Desvio de verbas. Hospitais insuficientes e mal aparelhados. Atendimento precário. Esse é o retrato da saúde pública brasileira.

4 – Resgate histórico ou dados retrospectivos:
Exemplo:
As primeiras manifestações de comunicação humana nas eras mais primitivas foram traduzidas por sons que expressavam sentimentos de dor, alegria ou espanto. Mais tarde, as pinturas rupestres surgiram como primeiros vestígios de tentativa de preservação de uma era...

5 – Citação: textual e comentada.
Exemplo:
Textual: "O escravo brasileiro, literalmente falando, só tem uma coisa: a morte." Joaquim Nabuco, grande teórico do movimento abolicionista brasileiro. Nabuco revela uma das características que o pensamento antiescravista apresenta: a nota de comiseração pelo escravo.
Comentada: O teórico Joaquim Nabuco, em sua comiseração pelo escravo brasileiro, disse que este só tem a própria morte. O movimento brasileiro antiescravista, quando já fortalecido, deixou bem clara essa pungente acusação nas palavras dos abolicionistas.

6 – Pergunta ou uma sequência de perguntas:
Exemplo:
Os pensadores do século XIX propuseram nos termos da época as questões que, apesar de toda a posterior realidade, continuam a intrigar os críticos sociais: como funciona a mente de um político? Quais são os fatores imponderáveis que o levam a agir desta ou daquela maneira?

7 – Definição:
Exemplo:
O envelhecimento é um processo evolutivo que depende dos fatores hereditários, do ambiente e da idade, embora ainda não tenham sido descobertas as causa precisas que o determinam em toda a sua amplitude e diversidade.

8 – Linguagem figurada:
Exemplo:
Os meios de comunicação, com sua velocidade estonteante de informação, fazem de cada homem um condômino do mundo. De repente, todos ficaram sabendo quase tudo, sem tempo para digerir 90% das informações que recebem; é uma ilha cercada de comunicações por todos os lados.

9 – Narração:
Exemplo:
O ano de 1997 foi marcado pela expansão da informática no país: realizaram-se as mais importantes feiras do mundo, apresentando novidades que deslumbraram os brasileiros. Os mais ávidos por se atualizar transformaram-se em presas definitivas de um dos mercados mais lucrativos do planeta.

10 - Ideias contrastantes ou ponto de vista oposto:
Exemplo:
Enquanto muitos políticos brasileiros praticam a corrupção ao desviarem altíssimas somas em dinheiro do tesouro público, cerca de 30% da população sobrevive com menos de um salário mínimo. E para agravar, ainda temos episódios inaceitáveis como a proposta de aumento do salário dos deputados de R$ 12.000 para R$ 21.000!!

11 – Comparação:
Exemplo:
A era da informática veio aprofundar os abismos do país: de um lado, assistimos ao avanço tecnológico desfrutado por cerca de 2% da população; de outro, assistimos à crescente marginalização da maioria que sequer consegue alfabetizar-se minimamente.

12 – Contestação ou confirmação de uma citação:
Exemplo:
O computador liberta, afirmou Nicholas Negroponte, o pioneiro da era digital. Contudo, o modo como a informática vem se impondo parece angustiar o homem, gerando ansiedade que, longe de libertar, escraviza.

13 – Declaração surpreendente:
Exemplo:
Jamais houve cinema silencioso. A projeção das fitas mudas era acompanhada por música de piano ou pequena orquestra. No Japão e outras partes do mundo, popularizou-se a figura do narrador ou comentador de imagens, que explicava a história ao público. Muitos filmes, desde os primórdios do cinema, comportavam música e ruídos especialmente compostos.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

TEMA: "MINHA PÁTRIA, MINHA LÍNGUA"

Análise do Documentário Língua: Vidas em Português


          O documentário “Língua: vidas em português” remete-nos a pensamentos ricos sobre o que é a formação de uma língua relacionada com a cultura de um povo. Durante a exibição do filme é possível perceber que o falar a língua portuguesa, é algo que vai muito além de simplesmente dominar um idioma. Na língua estão impregnados os conceitos sociais, políticos, econômicos e até mesmo os religiosos.
No Brasil, ainda que se tenha uma variação regional de nossa linguagem, com palavras que diferem de uma região para a outra, é possível que os integrantes dessas regiões dialoguem perfeitamente entre si. Ao ver o filme, há momentos em que a língua falada é tão particular daquele povo, que é preciso que se tenham legendas, sem as quais não entenderíamos muito bem o sentido do que se flava. Provavelmente a influencia cultural, social e religiosa tenha feito com que isso acontecesse. Isso responde a pergunta: será que falamos mesmo o Português? Quando assistimos ao filme, verificamos que mesmo que todos do filme falem o Português, na realidade os países herdaram uma língua que foi ao longo do tempo modificada pelas relações do povo com sua cultura, região, vivencia etc.
          Uma observação muito interessante é feita no filme pelo escritor José Saramago, quando afirma que “não há língua portuguesa, há línguas em português”. Acredito que esta expressão deriva-se da percepção do escritor sobre as variações na forma de falar de cada povo. Outro ponto importante no documentário é o fato de estarem inseridos no mesmo, pessoas de várias faixas etárias, pessoas do povo, ambulantes, religiosos de várias religiões, artistas, dando uma visão bem ampla das diferenças culturais que influenciam na forma de falar a língua portuguesa.
          Não é difícil perceber no filme que a pronuncia do português falado no Brasil é totalmente diferente da pronuncia falado em outras regiões do mundo, mostrando assim que a língua é formada por variedades e sofre um processo dinâmico, onde os mecanismos da fala são diferentes. Nesse sentido, mesmo sendo Língua Portuguesa, nunca teremos uma fala homogenia do idioma, quando visto em outras regiões. A linguagem do documentário é simples, o que contribuiu para não percebermos o tempo decorrido.
            A língua portuguesa não é uma língua estática, mas que se transforma em função do ambiente onde e falada e é também fator de transformação desse ambiente.



1. OUVIR A MÚSICA "Língua" (Caetano Veloso)



2. ASSISTIR AO DOCUMENTÁRIO (BRASIL E PORTUGAL): "Língua: Vidas em Português"



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

LITERATURA NA ESCOLA


ÉPICOS DA LITERATURA UNIVERSAL QUE NÃO PODEM SER ESQUECIDOS:

O professor de latim na USP, João Angelo Oliva Neto, dá muitos motivos para não deixar de ler o clássico da literatura universal ...


A obra ‘Eneida’, de Virgílio, é um dos maiores épicos da literatura universal. Segundo o tradutor e professor de latim na USP, João Angelo Oliva Neto, o livro é um clássico, pois é modelo de muitos escritores. Virgílio é muito imitado por autores importantes. No Brasil temos o exemplo de ‘Camões’.
O clássico foi nomeado como ‘Eneida’ porque conta os feitos heróicos de Enéias, como fundar Roma. O livro fala sobre a fuga de Enéias de Tróia, após perder a guerra. “Ele foge e vai para a Itália fundar a nova Tróia, que é Roma, e ele faz isso como quem cumpre uma missão de vida”, explica João Angelo Oliva Neto.
Outras avaliações das obras:

Leiam as obras:
1. Eneida:
2. Ilíada:
3. Odisseia:
Assista aos vídeos: 
Ps.: Os Lusíadas ficam para o 2º bimestre...