domingo, 24 de outubro de 2010

QUEM SABE, UM DIA, UM PAÍS MELHOR!



Não precisamos ir muito longe para entendermos como são tratados os direitos da criança e do adolescente. Se andarmos pelas ruas de nossa própria cidade, notaremos uma triste realidade: as leis não são cumpridas. Segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, o direito à saúde, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-la a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão. Mas a questão é: essa lei tem sido RESPEITADA? E a culpa sobre essa situação recai sobre quem?

A verdade é que, praticamente, quase todos os tópicos mencionados acima não têm sido observados pelas autoridades. Vejamos, por exemplo, que milhares de crianças, no Brasil, não frequentam às escolas, por falta de vagas nos colégios públicos ou ainda por compromisso de trabalho firmado com a família. E as outras que possuem esse privilégio, o de estudar, não desfrutam de um ensino de qualidade. Outro descaso que confirma esse fato refere-se ao direito à saúde. Nem mesmo os adultos, os mais jovens e os mais idosos conseguem usufruir dos cuidados necessários à saúde. Isso se deve a hospitais superlotados, constantes greves dos funcionários públicos, falta de medicamentos, e diversas outras situações que se tornam manchetes de jornais por todo o país.

Como falar de dignidade em um contexto assim? Segundo o IBGE, 2010, no Nordeste brasileiro, por exemplo, a cada mil nascidos, 32 morrem sem ver a luz do sol – o maior índice de morte infantil do Brasil. Como falar de dignidade, se milhares de adolescentes hoje vendem seu corpo como se fosse uma mercadoria? Como falar em cultura, se segundo o Ministério da Educação, 16 milhões de pessoas são analfabetas? Como falar em liberdade, se há milhares de adolescentes viciados em craque, cocaína e maconha nas periferias do Rio de Janeiro?

Como acreditar que as crianças estejam a salvo de toda forma de negligência se recebemos, frequentemente, crianças batendo em nossas portas pedindo: “Tia, você tem algo para eu comer?” Não fazemos nada a respeito e, na maioria das vezes, ainda respondemos: “desculpe, não tenho!” – quando, na verdade, estamos com o armário abarrotado. E diante desse fato, não podemos dizer que crianças e adolescentes estão protegidos de qualquer crueldade e opressão.

Enfim, Talvez seja do Estado, a maior culpa, pois, como costumamos dizer, além de não cumprir sua função, desvia o dinheiro público. Mas a lei não aponta o Estado como o único responsável, indica também a família e a sociedade. E quem faz parte da sociedade? Nós! E o que temos feito para que a lei seja cumprida? Cabe a cada um de nós, portanto, não sermos negligentes. Cabe-nos o cumprimento do nosso dever como cidadãos, como seres humanos e como cristãos. E sendo assim, mesmo que façamos bem a uma única criança dentre milhões, teremos feito a nossa parte, e contribuído para que o Brasil possa um dia ser um país melhor.

Autora: Vanessa Giugni


OBS.: Parabéns pela dedicação! Se agora já escreve com tamanha qualidade, quando chegar ao final do 3º ano está fera em redação. Parabéns!

CRITÉRIOS DE CORREÇÃO PARA REDAÇÃO (1º E 2º ANO):



HABILIDADES (ENEM)
Total
I. Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita.
2,0
II. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
2,5
III. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar, informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
4,0
IV. Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingüístico-textuais necessários para a construção da argumentação (coesão/coerência).
0,5
V. Elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.
1,0

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Carta de José Saramago para o encerramento do II Fórum Social Mundial

Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de 400 anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos, entregue cada um aos seus afazeres e cuidados, quando de súbito se ouviu soar o sino da igreja. Naqueles piedosos tempos (estamos a falar de algo sucedido no século XVI) os sinos tocavam várias vezes ao longo do dia, e por esse lado não deveria haver motivo de estranheza, porém aquele sino dobrava melancolicamente a finados, e isso, sim, era surpreendente, uma vez que não constava que alguém da aldeia se encontrasse em vias de passamento. Saíram, portanto, as mulheres à rua, juntaram-se as crianças, deixaram os homens as lavouras e os mesteres, e em pouco tempo estavam todos reunidos no adro da igreja, à espera de que lhes dissessem a quem deveriam chorar. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calou-se. Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. "O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino", foi a resposta do camponês. "Mas então não morreu ninguém?", tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: "Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta."

Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar (algum conde ou marquês sem escrúpulos) andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras, metendo-os para dentro da pequena parcela do camponês, mais e mais reduzida a cada avançada. O lesado tinha começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado, a expoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar urbi et orbi (uma aldeia tem o exato tamanho do mundo para quem sempre nela viveu) a morte da Justiça. Talvez pensasse que o seu gesto de exaltada indignação lograria comover e pôr a tocar todos os sinos do universo, sem diferença de raças, credos e costumes, que todos eles, sem excepção, o acompanhariam no dobre a finados pela morte da Justiça, e não se calariam até que ela fosse ressuscitada. Um clamor tal, voando de casa em casa, de aldeia em aldeia, de cidade em cidade, saltando por cima das fronteiras, lançando pontes sonoras sobre os rios e os mares, por força haveria de acordar o mundo adormecido... Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à triste vida de todos os dias. É bem certo que a História nunca nos conta tudo...

Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino, uma campânula de bronze inerte, depois de tanto haver dobrado pela morte de seres humanos, chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante em que vos falo, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira quotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais exato e rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

Mas os sinos, felizmente, não tocavam apenas para planger aqueles que morriam. Tocavam também para assinalar as horas do dia e da noite, para chamar à festa ou à devoção dos crentes, e houve um tempo, não tão distante assim, em que o seu toque a rebate era o que convocava o povo para acudir às catástrofes, às cheias e aos incêndios, aos desastres, a qualquer perigo que ameaçasse a comunidade. Hoje, o papel social dos sinos encontra-se limitado ao cumprimento das obrigações rituais e o gesto iluminado do camponês de Florença seria visto como obra desatinada de um louco ou, pior ainda, como simples caso de polícia. Outros e diferentes são os sinos que hoje defendem e afirmam a possibilidade, enfim, da implantação no mundo daquela justiça companheira dos homens, daquela justiça que é condição da felicidade do espírito e até, por mais surpreendente que possa parecer-nos, condição do próprio alimento do corpo. Houvesse essa justiça, e nem um só ser humano mais morreria de fome ou de tantas doenças que são curáveis para uns, mas não para outros. Houvesse essa justiça, e a existência não seria, para mais de metade da humanidade, a condenação terrível que objetivamente tem sido. Esses sinos novos cuja voz se vem espalhando, cada vez mais forte, por todo o mundo são os múltiplos movimentos de resistência e ação social que pugnam pelo estabelecimento de uma nova justiça distributiva e comutativa que todos os seres humanos possam chegar a reconhecer como intrinsecamente sua, uma justiça protetora da liberdade e do direito, não de nenhuma das suas negações. Tenho dito que para essa justiça dispomos já de um código de aplicação prática ao alcance de qualquer compreensão, e que esse código se encontra consignado desde há 50 anos na Declaração Universal dos Direitos Humanos, aquelas 30 direitos básicos e essenciais de que hoje só vagamente se fala, quando não sistematicamente se silencia, mais desprezados e conspurcados nestes dias do que o foram, há 400 anos, a propriedade e a liberdade do camponês de Florença. E também tenho dito que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tal qual se encontra redigida, e sem necessidade de lhe alterar sequer uma vírgula, poderia substituir com vantagem, no que respeita a retidão de princípios e clareza de objetivos, os programas de todos os partidos políticos do orbe, nomeadamente os da denominada esquerda, anquilosados em fórmulas caducas, alheios ou impotentes para enfrentar as realidades brutais do mundo atual, fechando os olhos às já evidentes e temíveis ameaças que o futuro está a preparar contra aquela dignidade racional e sensível que imaginávamos ser a suprema aspiração dos seres humanos. Acrescentarei que as mesmas razões que me levam a referir-me nestes termos aos partidos políticos em geral, as aplico por igual aos sindicatos locais, e, em conseqüência, ao movimento sindical internacional no seu conjunto. De um modo consciente ou inconsciente, o dócil e burocratizado sindicalismo que hoje nos resta é, em grande parte, responsável pelo adormecimento social decorrente do processo de globalização econômica em curso. Não me alegra dizê-lo, mas não poderia calá-lo. E, ainda, se me autorizam a acrescentar algo da minha lavra particular às fábulas de La Fontaine, então direi que, se não interviermos a tempo, isto é, já, o rato dos direitos humanos acabará por ser implacavelmente devorado pelo gato da globalização económica.

E a democracia, esse milenário invento de uns atenienses ingênuos para quem ela significaria, nas circunstâncias sociais e políticas específicas do tempo, e segundo a expressão consagrada, um governo do povo, pelo povo e para o povo? Ouço muitas vezes argumentar a pessoas sinceras, de boa fé comprovada, e a outras que essa aparência de benignidade têm interesse em simular, que, sendo embora uma evidência indesmentível o estado de catástrofe em que se encontra a maior parte do planeta, será precisamente no quadro de um sistema democrático geral que mais probabilidades teremos de chegar à consecução plena ou ao menos satisfatória dos direitos humanos. Nada mais certo, sob condição de que fosse efetivamente democrático o sistema de governo e de gestão da sociedade a que atualmente vimos chamando democracia. E não o é. É verdade que podemos votar, é verdade que podemos, por delegação da partícula de soberania que se nos reconhece como cidadãos eleitores e normalmente por via partidária, escolher os nossos representantes no parlamento, é verdade, enfim, que da relevância numérica de tais representações e das combinações políticas que a necessidade de uma maioria vier a impor sempre resultará um governo. Tudo isto é verdade, mas é igualmente verdade que a possibilidade de ação democrática começa e acaba aí. O eleitor poderá tirar do poder um governo que não lhe agrade e pôr outro no seu lugar, mas o seu voto não teve, não tem, nem nunca terá qualquer efeito visível sobre a única e real força que governa o mundo, e portanto o seu país e a sua pessoa: refiro-me, obviamente, ao poder econômico, em particular à parte dele, sempre em aumento, gerida pelas empresas multinacionais de acordo com estratégias de domínio que nada têm que ver com aquele bem comum a que, por definição, a democracia aspira. Todos sabemos que é assim, e contudo, por uma espécie de automatismo verbal e mental que não nos deixa ver a nudez crua dos fatos, continuamos a falar de democracia como se se tratasse de algo vivo e atuante, quando dela pouco mais nos resta que um conjunto de formas ritualizadas, os inócuos passes e os gestos de uma espécie de missa laica. E não nos apercebemos, como se para isso não bastasse ter olhos, de que os nossos governos, esses que para o bem ou para o mal elegemos e de que somos portanto os primeiros responsáveis, se vão tornando cada vez mais em meros "comissários políticos" do poder econômico, com a objetiva missão de produzirem as leis que a esse poder convierem, para depois, envolvidas no açúcares da publicidade oficial e particular interessada, serem introduzidas no mercado social sem suscitar demasiados protestos, salvo os de certas conhecidas minorias eternamente descontentes...

Que fazer? Da literatura à ecologia, da fuga das galáxias ao efeito de estufa, do tratamento do lixo às congestões do tráfego, tudo se discute neste nosso mundo. Mas o sistema democrático, como se de um dado definitivamente adquirido se tratasse, intocável por natureza até à consumação dos séculos, esse não se discute. Ora, se não estou em erro, se não sou incapaz de somar dois e dois, então, entre tantas outras discussões necessárias ou indispensáveis, é urgente, antes que se nos torne demasiado tarde, promover um debate mundial sobre a democracia e as causas da sua decadência, sobre a intervenção dos cidadãos na vida política e social, sobre as relações entre os Estados e o poder econômico e financeiro mundial, sobre aquilo que afirma e aquilo que nega a democracia, sobre o direito à felicidade e a uma existência digna, sobre as misérias e as esperanças da humanidade, ou, falando com menos retórica, dos simples seres humanos que a compõem, um por um e todos juntos. Não há pior engano do que o daquele que a si mesmo se engana. E assim é que estamos vivendo.

Não tenho mais que dizer. Ou sim, apenas uma palavra para pedir um instante de silêncio. O camponês de Florença acaba de subir uma vez mais à torre da igreja, o sino vai tocar. Ouçamo-lo, por favor.

Sugestão ao leitor: Use o dicionário quando necessário! Não se esqueça de que esse escritor é português, poderá haver algumas palavras diferentes do nosso português brasileiro.


FONTE: http://www.goulartdeandrade.adv.br/news/carta-de-jose-saramago-lida-no-encerramento-do-ii-forum-social-mundial/

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Leitura informativa: Economia Brasileira


Economia Brasileira atual, dados, índices, exportações, importações, inflação, PIB, setores da economia, comércio exterior, importações, saldo comercial, parceiros econômicos, produtos, energia, setores da economia brasileira

Introdução

O Brasil possui atualmente uma economia forte e sólida. O país é um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais, agrícolas e manufaturados. As áreas de agricultura, indústria e serviços são bem desenvolvidas e encontram-se, atualmente, em bom momento de expansão. Considerado um país emergente, o Brasil ocupa o 10º lugar no ranking das maiores economias do mundo (dados de 2007). O Brasil possui uma economia aberta e inserida no processo de globalização.


Informações, índices e dados da economia brasileira

Moeda: Real (símbolo R$)

PIB (Produto Interno Bruto): R$ 3,143 trilhões (ano de 2009) ou US$ 1,74 trilhões

Renda per Capita (PIB per capita): R$ 16.414,00 ou US$ 9.118, 00 (2009)

Coeficiente de Gini: 49,3 (2008) alto

Crescimento do PIB nos últimos anos: 5,7% (2004), 3,2% (2005), 4 % (2006), 5,7% (2007), 5,1% (2008), - 0,2% (2009)

Força de trabalho: 101 milhões (estimativas 2008)

Inflação: 5,9% (IPCA de 2008)

Taxa de desemprego: 7,89% (2008)


Comércio Exterior:

Exportações: US$ 197,9 bilhões (2008)

Importações: US$ 173,2 bilhões (2008)

Saldo da balança comercial: US$ 24,7 bilhões

Países que o Brasil mais importou (2008): Estados Unidos (11,9%), China (10,6%), Argentina (9%) e Alemanha (7,5%).

Países que o Brasil mais exportou (2008): Estados Unidos (15,8%).

Principais produtos exportados pelo Brasil (2006): minério de ferro, ferro fundido e aço; óleos brutos de petróleo; soja e derivados; automóveis; açúcar de cana; aviões; carne bovina; café e carne de frango.

Principais produtos importados pelo Brasil (2006): petróleo bruto; circuitos eletrônicos; transmissores/receptores; peças para veículos, medicamentos; automóveis, óleos combustíveis; ulhas em pó, gás natural e motores para aviação.

Organizações comerciais que o Brasil pertence: Mercosul, Unasul e OMC (Organização Mundial de Comércio)


Tipos de energia consumida no Brasil (dados de 2006):

Petróleo e derivados: 42%

Eletricidade: 16,5%

Gás natural: 7,2%

Carvão: 5,4%

Biomassa: 26,6%

Outras (geotérmica, eólica, térmica e solar): 2,3%

(Fonte: Ministério de Minas e Energias)


Principais produtos agrícolas produzidos: café, laranja, cana-de-açúcar (produção de açúcar e álcool), soja, tabaco, milho, mate.

Principais produtos da pecuária: carne bovina, carne de frango, carne suína

Principais minérios produzidos: ferro, alumínio, manganês, magnesita e estanho.

Principais setores de serviços: telecomunicações, transporte rodoviário, técnico-profissionais prestados à empresas, transporte de cargas, limpeza predial e domiciliar, informática, transportes aéreos e alimentação.

Principais setores industriais: alimentos e bebidas, produtos químicos, veículos, combustíveis, produtos metalúrgicos básicos, máquinas e equipamentos, produtos de plástico e borracha, eletrônicos e produtos de papel e celulose.

VOCABULÁRIO:

1. Commodities: são produtos padronizados, não diferenciados cujo processo de produção é dominado em todos os países (o que gera uma alta competitividade)e cujo o preço não é definido pelo produtor, dada a sua importância para o mercado. Geralmente são negociados em Bolsa de Valores internacionais, e seu valor é definido pelas condições do mercado, daí a impossibilidade de o produtor definir seu preço.

É o caso do petróleo, da soja, do café etc.)

Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/buscar.php?palavra=biomassa

2. Biomassa:

Do ponto de vista da geração de energia, o termo biomassa abrange os derivados recentes de organismos vivos utilizados como combustíveis ou para a sua produção. Do ponto de vista da ecologia, biomassa é a quantidade total de matéria viva existente num ecossistema ou numa população animal ou vegetal. Os dois conceitos estão, portanto, interligados, embora sejam diferentes.

Na definição de biomassa para a geração de energia excluem-se os tradicionais combustíveis fósseis, embora estes também sejam derivados da vida vegetal (carvão mineral) ou animal (petróleo e gás natural), mas são resultado de milhões de anos de atividade até à conversão na sua forma atual. A biomassa pode considerar-se um recurso natural renovável, enquanto que os combustíveis fósseis não se renovam a curto prazo.

A biomassa é utilizada na produção de energia a partir de processos como a combustão de material orgânico produzida e acumulada em um ecossistema, porém nem toda a produção primária passa a incrementar a biomassa vegetal do ecossistema. Parte dessa energia acumulada é empregada pelo ecossistema para sua própria manutenção. Suas vantagens são o baixo custo, é renovável, permite o reaproveitamento de resíduos e é menos poluente que outras formas de energias como aquela obtida a partir de combustíveis fósseis.

A queima de biomassa provoca a liberação de dióxido de carbono na atmosfera, mas como este composto havia sido previamente absorvido pelas plantas que deram origem ao combustível, o balanço de emissões de CO2 é nulo.

Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/buscar.php?palavra=biomassa

3. IDH:

Desenvolvido pelo economista paquistanês Mahbud Ul Haq, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é utilizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento desde o ano de 1993; este índice utiliza certos critérios de avaliação (renda, longevidade e educação) para medir o desenvolvimento humano em 177 países, podendo ser utilizado também, observando-se as modificações para adequá-lo a núcleos sociais menores.

O IDH varia de 0 a 1, sendo considerados de baixo desenvolvimento os países que atingem menos de 0,499 pontos, de médio desenvolvimento os que possuem notas de 0,500 até 0,799, e de alto desenvolvimento os países que atingem pontuação superior a 0,800.

No critério educação, considera-se a taxa de alfabetização e a taxa de matrícula; no critério longevidade considera-se a expectativa de vida ao nascer; e no critério renda considera-se o PIB per capita (PIB total dividido pelo número de habitantes do país) medido em dólares.

No último relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em 2006, o Brasil ocupava a 69º posição, alcançando 0,792 pontos, o que mantém o país no grupo dos 83 países com desenvolvimento médio. No entanto, devido à reformulação realizada pelo IBGE no cálculo do PIB, divulgada este ano (2007), o Brasil pode obter resultados ainda melhores no IDH, chegando a se posicionar no grupo dos 63 países com “alto índice de desenvolvimento humano”. Porém, devemos ressaltar que o IDH, apesar de ser um dos melhores parâmetros para avaliação das políticas públicas, não poderá ser considerado sozinho para medir o “desenvolvimento humano” de um país, pois este conceito é bastante subjetivo, afinal é necessário avaliar também diversos outros fatores que influenciam neste “desenvolvimento”, como a distribuição da renda entre a população, que no Brasil, apesar de sermos classificados como um dos países com maior concentração de renda, obteve melhoras significativas, fazendo com que saíssemos da quarta posição que ocupávamos no relatório de 2002, para a oitava posição no ranking dos países com pior distribuição de renda em 2004.

País com maior IDH

Noruega – IDH = 0,965 *

País com menor IDH

Níger – IDH = 0,311 *

* Dados do relatório divulgado pela ONU em 11/2006, feito com base nos dados do ano de 2000.

Autora: Camila Conceição Faria

FONTE: http://www.infoescola.com/geografia/idh-indice-de-desenvolvimento-humano/

Leitura Informativa: Setores da Economia


Características de cada setor, atividades econômicas envolvidas, relação dos setores com o desenvolvimento dos países

Introdução

A economia de um país pode ser dividida em setores (primário, secundário e terciário) de acordo com os produtos produzidos, modos de produção e recursos utilizados. Estes setores econômicos podem mostrar o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região.

Setor Primário

O setor primário está relacionado a produção através da exploração de recursos da natureza. Podemos citar como exemplos de atividades econômicas do setor primário: agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor primário que fornece a matéria-prima para a indústria de transformação.

Este setor da economia é muito vulnerável, pois depende muito dos fenômenos da natureza como, por exemplo, do clima.

A produção e exportação de matérias-primas não geram muita riqueza para os países com economias baseadas neste setor econômico, pois estes produtos não possuem valor agregado como ocorre, por exemplo, com os produtos industrializados.

Setor Secundário

É o setor da economia que transforma as matérias-primas (produzidas pelo setor primário) em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados, eletrônicos, casas, etc). Como há conhecimentos tecnológicos agregados aos produtos do setor secundário, o lucro obtido na comercialização é significativo. Países com bom grau de desenvolvimento possuem uma significativa base econômica concentrada no setor secundário. A exportação destes produtos também gera riquezas para as indústrias destes países.

Setor Terciário

É o setor econômico relacionado aos serviços. Os serviços são produtos não meterias em que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades. Como atividades econômicas deste setor econômicos, podemos citar: comércio, educação, saúde, telecomunicações, serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, etc.

Este setor é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento econômico. Quanto mais rica é uma região, maior é a presença de atividades do setor terciário. Com o processo de globalização, iniciado no século XX, o terciário foi o setor da economia que mais se desenvolveu no mundo.

FONTE: http://www.suapesquisa.com/geografia/setores_economia.htm

Leitura Informativa: Nomadismo e miscigenação (Megacidades)

São Paulo - SP

Nomadismo e miscigenação


Migrações Internacionais é tema amplamente discutido atualmente, o seu relacionamento com o desenvolvimento dos países adquiriu grande importância com o processo de globalização. Um momento de crescente restrições nas leis – apesar do visível aumento da circulação transfronteiriça de pessoas; e uma quase completa liberdade de mobilidade do capital.


Os mercados financeiros internacionalizam-se, a economia obedece a fatores transnacionais e, por conseguinte, trabalhadores deslocam-se conforme os sintomas de cada economia nacional. Mundialização do trabalho. O número de pessoas em movimento é cada vez maior. Na maior parte dos países desenvolvidos, as percentagens de população estrangeira atingem já patamares muitas vezes superiores a 10% da população total.


O movimento de pessoas carrega consigo um potencial crítico. Um desafio ao Império através de atitudes que aparentemente se realizam por vontades individuais. Em Império, Antonio Negri e Michael Hardt defendem a cidadania global: “a multidão móvel precisa conquistar uma cidadania global. A resistência da multidão ao cativeiro – a luta contra a sujeição de pertencer à uma nação, à uma identidade, a um povo, e portanto a deserção da soberania e dos limites que ela impõe à subjetividade – é inteiramente positiva. Nomadismo e miscigenação aparecem aqui como figuras de virtude, como as primeiras praticas éticas no terreno do Império. (...) As celebrações atuais do local podem ser regressivas e até facistas quando se opõem à circulação e à mistura” (2) Espécie de “Máquinas-de-guerra” contra os “Aparelhos de Captura”, como colocam Deleuze e Guatari (3). Milhares de imigrantes circulam pela Europa atualmente; indianos, árabes, africanos, brasileiros, canadenses... legais, ou ilegais, refugiados ou não, todos em busca de sonhos, de melhores condições de vida. Vê-se nas ruas a miscigenação, a contaminação do idioma, da comida, do tempo. Milhares de máquinas-de-guerra contra e através dos aparelhos do dinheiro, da purificação, das leis, num processo que poderia ser chamado de nascimento de uma cidade universal.


Torna-se importante os estudos da migração, não de forma isolada, mas o entendimento das dinâmicas globais para o planejamento de políticas eficazes. Vê-se o surgimento de megacidades onde antes haviam cidades predominante rurais ou semi-urbanas de forte identidade local. Pequim por exemplo, cidade tipicamente chinesa está se transformando em um dos mais significativos exemplos do novo urbanismo. Rápida modernização demandando novas forças de trabalho. Centenas de Milhares de migrantes de diferentes partes do país migram para Pequim, além da população internacional que não para de crescer. A chegada dessas pessoas não só aumenta consideravelmente a população mas também modifica a estrutura social e cultura da cidade chinesa. Novo papel das cidades, e mais particularmente das metrópoles, criando uma nova articulação entre o local e o global, e estabelecendo uma tensão entre globalização e especificação das cidades-metrópoles.


Como lidar com essa absurda modificação, inchamento e esvaziamento de cidades, megacidades com centenas e milhares de pessoas? Como garantir direitos para os novos cidadãos internacionais? A imigração deve ser estudada como parte do fenômeno da globalização, não existe nexo em novas políticas restritivas enquanto vivemos num mundo de capital globalizado. Saskia Sassen enumera os atores causadores da imigração – as empresas multinacionais que alteram a economia tradicional originando uma mão-de-obra móvel e criando ligações entre os países; os governos cujas intervenções militares levam a deslocamento de populações e fluxos de refugiados e migrantes; o Fundo Monetário Internacional (FMI) e as suas medidas rigorosas que originam uma emigração doméstica ou internacional por parte dos mais pobres como estratégia de sobrevivência; os acordos do mercado livre que alimentam os fluxos de capitais, serviços e informações transfronteiriços, e com estes a circulação de trabalhadores especializados. Atenta ainda para a necessidade de relacionar as migrações às políticas responsáveis de as terem causado e não como conseqüência direta da pobreza e assim responsabilizar o imigrante pela sua escolha individual de emigrar (4).


O Brasil está inserido no contexto de deslocamentos populacionais registrando gradualmente movimentos emigratórios e imigratórios expressivos. Grande número de brasileiros vai para países como Japão, Estados Unidos, Canadá, Europa; jovens de classe média urbana em busca de melhores possibilidades de trabalho e com envio sistemático de divisas financeiras.


A outra face do fenômeno migratório internacional no Brasil revela-se pela entrada de novos imigrantes. O País assiste, a partir dos anos 90, a entrada de coreanos e o crescente afluxo de latino-americanos. A indústria de confecção em São Paulo vem sendo administrada por coreanos, que, por sua vez, contratam bolivianos, peruanos e colombianos, na maioria das vezes, em situação irregular, para trabalhar nesse setor.


Existe um número significativo de migrantes de mão-de-obra qualificada vindos da Argentina e do Chile, principalmente em direção a São Paulo.O Ministério do Trabalho indica também a entrada, por tempo determinado, de especialistas, gerentes e administradores com origem nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França.


O século 21 inicia-se consolidando o Brasil na rota dos deslocamentos populacionais internacionais, tanto no que se refere à saída de brasileiros quanto à entrada de estrangeiros no país. É importante para o Brasil, no seu relacionamento com os países do Mercosul, além de outros países, planejar as trocas de mão-de-obra, a inserção dos novos imigrantes na sua economia, a inserção dos seus emigrantes nas economias alheias (aqui a questão quem e responsável por quem) bem como o planejamento das novas cidades ou megacidades (5).


Trata-se de compreender o comportamento de situações territoriais massivas. Um mapeamento da dinâmica do fluxo de pessoas e intensidades de grandes territórios canalizar a força desses movimentos. Usá-los como instrumentos de ação. Torná-los reais:


“Por virtual entendemos o conjunto de poderes para agir (ser, amar, transformar, criar) que reside na multidão, (...) Agora precisamos investigar como o virtual pode exercer pressão nas bordas do possível, e assim tocar no real. (...) Trabalho ativo e o que constrói a passagem do virtual para o real; e o veículo da possibilidade”

Autor: Ellen Assad

FONTE: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/06.068/1952

domingo, 17 de outubro de 2010

Como Escrever Melhor



Escrever bem é saber expressar ideias claras, rápidas e persuasivamente. Uma boa redação revela capacidade de raciocínio e esforço pessoal - mesmo para aqueles que têm mais facilidade.


Para ajudar você a escrever melhor, no trabalho ou na escola, a Tilibra preparou algumas dicas, cedidas gentilmente pelas Empresas Ogilvy & Mather, um dos maiores conglomerados de Comunicação do Brasil e do Mundo.


A Tilibra lhe oferece essas dicas esperando que, com elas, sua autobiografia seja escrita com muitas páginas de sucesso.


1. Saiba aonde você quer chegar.

Antes de redigir, faça um esboço, listando e organizando suas ideias e argumentos. Ele lhe ajudará a não se desviar da questão central. Comece parágrafos importantes com sentenças-chave, que indiquem o que virá em seguida.

2. Torne a leitura fácil e agradável.

Os parágrafos e sentenças curtos são mais fáceis de ler do que os longos. Mande telegramas, não romances. Para enfatizar, sublinhe sentenças e enumere os pontos principais (como fizemos com essas "dicas").

3. Seja direto.

Sempre que possível, use a voz ativa.

Voz Passiva - "Estamos preocupados com que nosso projeto não seja aprovado, o que poderia afetar negativamente nossa fatia de mercado".


Voz Ativa
- "Acreditamos que esse projeto é necessário para manter nossa fatia de mercado".

5. Evite "clichês".

Use suas próprias palavras.

Clichê - O último, mas não menos importante...

Direto - Por último...

6. Evite o uso de advérbios vagos.

E não esclarecedores, como "muito", "pouco", "razoavelmente".

Vago - O projeto está um pouco atrasado.

Claro - O projeto está uma semana atrasado.

7. Use uma linguagem simples e direta.

Evite o jargão técnico e prefira as palavras conhecidas. Não esnobe o seu português.

Jargão - Input, Output.

Português comum - Fatos/informações, resultados.

8. Ache a palavra certa.

Use palavras de que você conheça exatamente o significado. Aprenda a consultar o dicionário para evitar confusões. Palavras mal-empregadas são detectadas por um bom leitor e depõem contra você.

9. Não cometa erros de ortografia.

Em caso de dúvida, consulte o dicionário ou peça a alguém para revisar seu trabalho. Uma redação incorreta pode indicar negligência de sua parte e impressionar mal o leitor.

10. Não exagere na elaboração da mensagem.

Escreva somente o necessário, procurando condensar a informação.

Seja sucinto sem excluir nenhum ponto-chave!

11. Ataque o problema.

Diga o que você pensa sem rodeios. Escreva com simplicidade, naturalidade e confiança.

12. Evite palavras desnecessárias.

Escreva o essencial. Revise e simplifique.

Não Escreva / Escreva

Plano de Ação / Plano
Fazer um debate / Debater
Estudar em profundidade / Estudar
No evento de / Se
Com o propósito de / Para
A nível de Diretoria / Pela Diretoria

13. Evite abreviações, siglas e símbolos.

O leitor pode não conhecê-los.

14. Não se contente com o primeiro rascunho.

Reescreva. Revise. Acima de tudo, corte. Quando se tratar de um trabalho importante, faça uma pausa, entre o primeiro e o segundo rascunho, de pelo menos uma noite.

Volte a ele com um olhar crítico e imparcial.

15. Peça a um colega para revisar seus trabalhos mais importantes.

E dê total liberdade para comentários e sugestões.


O texto "Como Escrever Melhor" foi obtido a partir do livro de mesmo nome, de autoria de Ivan René Franzolim.



FONTE:
http://www.bestreader.com/port/txcomoescrever.htm.