Como World Trade Center era um dos símbolos do poder econômico dos Estados Unidos; a Amazônia, cuja boa parte situa-se, no Brasil, poderá vir a ser um dos últimos laboratórios vivos do Planeta. E sendo, depois de todo o ouro roubado pelos colonizadores, um dos maiores bens que ao Brasil ainda resta, há urgência em que os brasileiros e autoridades políticas a proteja da exploração interna, bem como da cobiça externa. Caso sejamos relapsos, sendo a Amazônia fonte de pesquisa e controle do clima, as consequências da destruição da “Floresta-Mãe” poderão ser desastrosas para gerações futuras.
Em primeiro plano, destacamos a Amazônia como um laboratório vivo para estudos científicos nas áreas de Biologia, Farmácia, Química, entre outras. Dona de uma quantidade inumerável de espécies tanto da fauna quanto da flora, a “floresta mais cobiçada do mundo” sofre ameaças constantes por conta da ação predatória de povos que por ela passam, sejam cidadãos brasileiros ou estrangeiros. E desse descuido com o uso sustentável dela, pois deveriam “explorá-la, sem esgotar-lhe os recursos naturais”, podem surgir prejuízos incalculáveis para o nosso país. Isso pode ser constatado no conhecido caso do cupuaçu, maior exemplo de biopirataria, cuja patente foi, finalmente, garantida pela lei 11.675 - sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada na edição de 20/05/2008 do Diário Oficial. Assim, em razão de situações como essa, precisamos cuidar do nosso laboratório vivo, garantindo a gerações futuras o direito à pesquisa científica.
Já, no âmbito do clima, não só nosso país, mas todo o Planeta sofre com mudanças em decorrência da ação predatória de indivíduos desmantelados com a nossa sala de visita – a Amazônia. Em 2010, notamos na pele, a elevação da temperatura em todas as regiões brasileiras, principalmente, as longas secas e quedas na umidade do ar no Centro-Oeste. Diante desse fato, reconhecemos a relevante participação da Amazônica, não só no controle da temperatura como também, no regime de chuvas por ser aquela “fonte de vapor d’água e calor na atmosfera global”, conforme classifica a ação da floresta, Ana Lúcia Azevedo. Todavia, o alerta que mais nos assusta, no ponto de destruição em que nos encontramos, vem do cientista britânico James Lovelock, “autor da famosa Teoria de Gaia (segundo a qual a Terra assemelha-se a um organismo vivo, com mecanismos para auto-regular suas funções)”. Segundo esse estudioso, mesmo que mudemos nossa relação com o Planeta, até o final desse século (XXI), vamos colher duras consequências, entre elas, o desaparecimento de todas as cidades que se encontram no mesmo nível dos oceanos. Dessa forma, torna-se evidente que a Terra cambaleia na mão do homem.
Além desse desastre, há as queimadas apontando para o aumento do efeito estufa, na atmosfera, embora não se saiba em que proporção exata. E se não houver conscientização, projetos de proteção ambiental de maior impacto e controle - fiscalização (terrestre, fluvial e aérea), com sanções severas aos agressores; dificilmente, evitar-se-á a desertificação da maior floresta do Planeta. Enfim, deixaremos para as gerações futuras um ar difícil de respirar.
Dessa maneira, certificamos que a agressão contra a Amazônia acarretará prejuízos inúmeros para as gerações futuras. Em lugar de a ciência avançar de forma sustentável, poderá perder um dos objetos mais valiosos para pesquisa - a Amazônia. E a situação climática? Segundo Jacques Chirac, ex-presidente da França, "O dia em que o clima escapará do controle está próximo. Estamos chegando ao irreversível. Nessa urgência, não há tempo para medidas mornas. É hora de uma revolução em nossas consciências, em nossa economia e em nossa ação política". Assim, uma Amazônia Sustentável, em testamento assinado por nós, poderá ser uma das garantias do nosso interesse na sobrevivência das próximas gerações.
Autora: Delinha
Dedico esse texto (gênero dissertação-argumentativa: análise de causas e consequências) aos alunos (2º e 3º Anos – CAC e CAJE) que escreveram a proposta sobre as consequências da destruição da Amazônia. Vejam como desenvolvi um Projeto de Texto de forma coesa, articulada à proposta inicial (1º parágrafo). Observem que cada parágrafo segue uma estrutura de proposta inicial, argumentação e conclusão. Esse é apenas um exemplo prático para a prova do Enem... Há inúmeras possibilidades de um projeto de texto. Vejam os blogs que sigo e leiam artigos de opinião postados neles.
Escrever é sempre um prazer do qual não posso me abster! (Delinha)
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