domingo, 26 de setembro de 2010

SOBRE A ESCRITA...

Meu Deus do céu, não tenho nada a dizer. O som de minha máquina é macio.

Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia amá-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma ideia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento.

Devemos modelar nossas palavras até se tornarem o mais fino invólucro dos nossos pensamentos. Sempre achei que o traço de um escultor é identificável por um extrema simplicidade de linhas. Todas as palavras que digo - é por esconderem outras palavras.

Qual é mesmo a palavra secreta? Não sei é porque a ouso? Não sei porque não ouso dizê-la? Sinto que existe uma palavra, talvez unicamente uma, que não pode e não deve ser pronunciada. Parece-me que todo o resto não é proibido. Mas acontece que eu quero é exatamente me unir a essa palavra proibida. Ou será? Se eu encontrar essa palavra, só a direi em boca fechada, para mim mesma, senão corro o risco de virar alma perdida por toda a eternidade. Os que inventaram o Velho Testamento sabiam que existia uma fruta proibida. As palavras é que me impedem de dizer a verdade.

Simplesmente não há palavras.

O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo. Acho que o som da música é imprescindível para o ser humano e que o uso da palavra falada e escrita são como a música, duas coisas das mais altas que nos elevam do reino dos macacos, do reino animal, e mineral e vegetal também. Sim, mas é a sorte às vezes.

Sempre quis atingir através da palavra alguma coisa que fosse ao mesmo tempo sem moeda e que fosse e transmitisse tranquilidade ou simplesmente a verdade mais profunda existente no ser humano e nas coisas. Cada vez mais eu escrevo com menos palavras. Meu livro melhor acontecerá quando eu de todo não escrever. Eu tenho uma falta de assunto essencial. Todo homem tem sina obscura de pensamento que pode ser o de um crepúsculo e pode ser uma aurora.

Simplesmente as palavras do homem.


Por Clarice Lispector

Fonte: http://www.releituras.com/clispector_escrita.asp

BULLYING: O QUE É?

No ano de 2000 tive conhecimento dos trabalhos já realizados e publicados sobre agressividade entre estudantes (bullying). Em outubro de 2001, visitei instituições em Londres e vi como o tema já era importante há alguns anos em vários países da Europa.

Por duas vezes estive com Michele Elliott, Diretora da Instituição Kidscape. Ali fui municiado com publicações e informações detalhadas sobre o fantástico trabalho desta instituição na prevenção e no atendimento aos casos de bullying. Ampliei conhecimentos com Helen Cowie, especialista em relacionamento entre jovens e bullying, Professora de Pós-Graduação na Universidade de Surrey Roehampton, Londres.

Ainda em Londres visitei a sede da Childline-UK, mega instituição fundada em 1986, e que distribuida por todo Reino Unido, recebe telefonemas de crianças e adolescentes em situação de risco. A principal queixa recebida pelo telefone 0800 nacional e gratuito é sobre bullying.

De volta ao Rio, através da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (ABRAPIA), desenvolvemos um projeto sobre o tema e apresentamos à Petrobras. Entre mais de dois mil concorrentes o projeto foi selecionado. Durante pouco mais de um ano, entre agosto de 2002 e outubro de 2003, mais de cinco mil e quinhentas crianças de 5º ao 8º Ano e de nove escolas públicas e duas escolas privadas responderam, por duas vezes, um questionário sobre a agressividade continuada e repetida entre os alunos de suas escolas; professores e pais passaram a discutir o tema; foram dados os primeiros passos para a implantação de uma política anti-bullying nessas escolas. Os meios de comunicação se interessaram e o assunto começou a chegar à população em geral.

Ainda em 2002, participamos de um seminário internacional sobre violência escolar, patrocinado pela UNESCO, em Brasília. Levamos ao conhecimento de alguns participantes, nacionais e estrangeiros, o trabalho que desenvolvíamos. Em outubro de 2003, levei pessoalmente o resultado da 1ª fase da pesquisa ao Professor Eric Debarbieux, coordenador do Observatório Europeu da Violência Escolar na Universidade de Bordeaux II, na França.

Como lidar com essa questão?

(Trecho da notícia: “Bullying na Internet leva adolescente ao suicídio”)

Alguém no MySpace está me perturbando/assediando/ameaçando - o que posso fazer a respeito disso?

O melhor a fazer se e quando você se encontrar nessa situação é simples: ignorá-los... Em 99,9% do tempo eles o deixarão em paz. Lembre-se, você sempre pode remover a pessoa da sua Lista de Amigos (em seguida, eles não poderão mais adicionar Comentários à sua página de Perfil), excluir os Comentários que deixaram em sua página de Perfil, e você pode inclusive excluir as mensagens que eles lhe enviam através do sistema de Correio do MySpace sem abri-las. Se você NÃO responder ao usuário ofensor (ou seja, NÃO lhe der atenção, NÃO deixá-lo lhe pregar uma peça), a maioria deles simplesmente irá embora.

Você também pode visualizar o perfil dele e clicar em "Bloquear Usuário", o que evitará que ele entre em contato com você. Pessoas inconvenientes ficam entediadas muito rapidamente quando você não permite que eles lhe perturbem. Se alguém ameaçá-lo, entre em contato imediatamente com um representante da lei.

Se você se sentir ameaçado, leia também as nossas dicas de segurança.

Caso eles tenham criado um perfil maldoso sobre você ou alguém que você conhece, entre em contato com o Serviço ao Cliente (e certifique-se de incluir o link para o perfil!).

Resumo reflexivo:

Foi dada a partida. Conseguimos levantar o véu que encobria uma situação por quase todos conhecida e até mesmo vivida: a agressividade entre alunos, a humilhação, a discriminação, as ofensas, a violência um tanto velada. Uma situação de atos repetidos, autênticos assédios, praticados contra algumas crianças nas escolas, por seus próprios colegas. A maioria das pessoas, sobretudo os professores, conhecia essa realidade, mas não aprendera a valorizá-la porque desconhecia sua consequências. Ou não as conhecia tanto quanto as vítimas. Sim, quem pode melhor falar sobre os atos repetidos de agressão entre alunos senão as próprias vítimas? Pesquisas em todos os países mostram que elas podem sofrer muito, sofrer tanto que podem chegar à depressão e à tentativa de suicídio. Mas o que dizer daqueles que praticaram esta forma de violência contra seus companheiros, sempre contra aqueles sem condições de enfrentar o agressor? Serão eles os adolescentes e adultos violentos do futuro? E as testemunhas silenciosas, que a tudo assistiram sem nada fazer? Será que vão crescer com sentimento de culpa pela sua covardia?

Como os pais podem ajudar?

Seu filho pode não contar a você que está sofrendo bullying na escola. Fique atento para os seguintes sinais que ele pode apresentar:

1) Agir de forma estranha, geralmente se isolando.

2) Apresentar sinais de trauma como ferimentos ou hematomas sem explicação.

3) Chegar com roupas rasgadas.

4) Demonstrar medo de ir à escola.

5) Ter problemas para dormir.

6) Apresentar mudanças de humor...

7) Parar de falar sobre a escola.

8) Encontrar desculpas para faltar à escola.

9) Fazer subitamente novas amizades.

10) Apresentar comportamento agressivo em casa (às vezes o que sofre bullying pode descontar nos irmãos).

Converse com seu filho:

1) Se você notar sinais de alerta de que seu filho pode estar sendo vítima de bullying, saiba que há maneiras de você conversar com ele sobre o que de fato está acontecendo na escola.

2) Faça perguntas provocadoras na terceira pessoa como, por exemplo, para sua filha "como as meninas se relacionam na escola" ou "como você se sente quando está na escola?".

3) Lembre-se de que o que você pode fazer de mais importante é escutar seu filho e abraçá-lo.

Como você pode ajudar:

Se seu filho é vítima de bullying na escola, você deve:

1) Levar o assunto a sério. Não minimizar o ocorrido.

2) Manter um diálogo aberto com seu filho sobre bullying.

3) Não pensar que o bullying acabou porque seu filho parou de falar sobre ele.

4) Dar conselhos consistentes.

5) Reforçar a auto-estima de seu filho. Ajudá-lo a achar uma atividade na qual ele se adapte.

6) Não agir sozinho. Encontre outros pais cujos filhos estão também sofrendo bullying ou presenciaram o bullying e se organizem.

7) Lembrar a seu filho que você o ama e encorajá-lo a conseguir aliados entre os colegas.

8) Contatar sua escola para contar o que está acontecendo.

O que não fazer:

1) Nunca dizer a seu filho/filha que o que está acontecendo faz parte de uma fase normal.

2) Não minimizar o problema.

3) Nunca diga a seu filho/filha que ele/ela está sendo exageradamente sensível.

4) Nunca lhe atribua a culpa por estar sofrendo bullying.

5) Nunca diga a ele que os colegas estão apenas brincando.

O que seu filho pode fazer:

Mesmo que seu filho seja contra, vá à escola e diga o que está acontecendo e trabalhe com a escola para ter a certeza de que seu filho será protegido. Você pode também ajudar seu filho a lidar com o autor do bullying desde o início das provocações, dizendo a eles que:

1) Reaja falando firme: "Pare com isto. Não gostei!"

2) Consiga colegas para ajudá-lo a enfrentar o autor do bullying.

A coisa mais importante para uma criança se lembrar é de que ela deve contar para um adulto logo que o bullying acontecer. Um adulto pode apoiar e dar força a uma criança e enfraquecer o autor do bullying.

Editor: Dr. Lauro Monteiro (Médico Psiquiatra)

Acesse: http://www.observatoriodainfancia.com.br/article.php3?id_article=258

ESPECTADORES OU ATORES DA PAZ SOCIAL?

Quando percorremos as ruas das pequenas e grandes cidades, notamos muros altos, cercas elétricas, por todos os lados; cachorros ferozes; desaparecimento das pessoas das calçadas de suas casas, no final de tarde; ausência de bate-papos entre vizinhos para um tereré que seja; entre tantas outras mudanças na nossa vida social. E perguntamos: O que afastou as pessoas das ruas e as aprisionou em seus domicílios? A resposta é espontânea: o medo. Medo de quê(m)? Medo do próprio homem, cada vez, mais violento em seu habitat. E surge outra interrogação: Por que o homem despreza cada vez mais a paz? Seria a falta de amor; a ganância, a luta pelo poder; a pobreza, a ausência de escolaridade? Ou as más condições de sobrevivência em que se encontra? Essas podem ser algumas das causas principais do alto índice de violência em nossos dias.

O texto bíblico “Ama ao teu próximo como a ti mesmo” defende a ideia de que o homem, que respeita a si, torna-se capaz de amar o outro. Logo, a falta de amor ao próximo, pode ser consequência direta da desconsideração do indivíduo por si mesmo. Nota-se que um ser em desafeto pode vir a se tornar incapaz de enxergar as virtudes do próximo, porque se põe diante do outro em pé de desconfiança, julga equivocadamente, deixa se tomar por um espírito de vingança sem aparente razão. Observa-se que a ausência de amor próprio pode romper as barreiras do respeito, esfriar as relações, invadir a vida alheia por, simplesmente, ignorar o mal. Se um indivíduo sem amor próprio decidir atentar contra a vida do outro, não haverá sentimento algum, nada que poderá impedi-lo de fazer isso. A perda de valores associados a uma vida social saudável poderá, ainda, tornar o indivíduo sem escrúpulos, portanto doente. Disparar um tiro em troca de parca recompensa requererá um simples apertar do gatilho. Medo de prisão, de perseguição policial, nada disso inibirá nele a falta de respeito pela vida. Por isso, poderá matar por objetos de pouco valor. A vida, dessa perspectiva, passa a ser leiloada por preço muito baixo. Não há medo de perdê-la. Do tamanho do valor acalentado por ela, é a extensão do respeito pelo outro. Portanto, a falta de amor próprio pode sim ser uma das causas da violência desmedida na modernidade.

A ganância e a luta pelo poder são, também, desencadeadores da ausência de paz tanto entre pessoas, quanto entre nações. Um exemplo disso se dá no universo do tráfico de drogas. A busca pelo domínio na comercialização desse produto leva o indivíduo a invadir fronteiras alheias, desrespeitando a vida de outros iguais. O excesso de amor a si mesmo, o “superego”, oposto da “own lack of Love” (falta de amor próprio), quebra a barreira do respeito em relação ao outro. Esse mal é observável nas relações econômicas internacionais, como por exemplo, na busca incansável dos EUA, no Afeganistão, atrás de supostos terroristas. O desejo de dominar o outro para proveito próprio, trocou por bagatela, durante anos a vida de crianças, jovens, homens, mulheres e idosos, sem qualquer restrição como noticiaram relatórios em 2010. Esses conflitos internacionais mostram, nesse e em outros casos, a cara monstruosa da ganância. Também dentro dos limites territoriais, no interior das nações, no seio das famílias, com membros que a compõem, como por exemplo, marido contra mulher, filhos contra pais e vice-versa a violência choca e gera desesperança de dias melhores. Diante do desejo de domínio de um sobre o outro, se dotados fossem os animais de razão, ficariam tomados de terror. Enfim, essa obsessão pelo poder costura cruelmente barbáries de continente a continente, sem limite de idade, sem barreira política.

E, por último, a desigualdade social, responsável pelo agravamento das relações humanas, traz a violência para o interior das sociedades e adia a paz entre os indivíduos. Incompatíveis na qualidade de vida, no exercício de direitos, a grande maioria segue contemplando de longe o sucesso de poucos. Desprovida de condições de sobrevivência, marcha armada ou sofredora uma multidão desafortunada para uma armadilha que tanto mata quanto lhe rouba os sonhos. Longe das escolas que poderiam auxiliá-la a encontrar um lugar digno na sociedade; uma considerada fatia da população dorme sem teto, sem alimento na mesa, sem roupa no armário sem sapatos nos pés. Destituída de poder de compra, é obrigada a romper a contemplação e gritar por socorro! Nesse devaneio desumano, muitos encontram na cadeia a única chance de um abrigo, alimento e sono tranquilo. Caso tenham que deixar o teto conseguido à custa do crime, único preço capaz de pagarem; farão tudo para lá retornar. Isso é fato. Donas de quase nada, seguem, em grupo, as quadrilhas; agem dentro e fora dos presídios. Matam e morrem. Violência sem tamanho, sem data para acabar, sem governo interessado em reduzir o seu impacto. Nesse grupo, encontra-se o Brasil, um dos países na América de tantas riquezas; todavia, também, de tantas injustiças sociais. Vítimas ou algozes, a desigualdade assim classifica uma multidão de brasileiros.

E a solução para esses fatores que contribuem para a ausência de paz em nossa sociedade? Não seria o investimento na promoção da dignidade humana o segredo para resgatar o amor próprio; inibir a excessiva ganância e igualar os homens entre si? Se houvesse esperança em dias melhores, o direito de sonhar com uma vida decente, igualdade de direitos: educação de qualidade para todos; moradia, conforto; proteção à saúde do indivíduo e sua família; garantia de um emprego digno – talvez pudéssemos acreditar em um mundo de paz. Sendo assim, fica evidente que toda a problemática parece residir na desigualdade social e apenas a inversão desse fator, poderia, talvez, garantir um mundo melhor para todos.

Enfim, se por falta de amor próprio, se por excesso dele; ou ainda por serem vítimas dos efeitos da desigualdade social, homens vivem reféns da violência que insiste em “não esconder a cara”; está na hora de mudarmos de estratégia. De espectadores, precisamos passar a atores da paz. Esperar não basta, como aconselha Albert Einstein: “O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.”

Autora: Delinha Almeida (Exemplo de texto argumentativo)


DISCURSO

E aqui estou, cantando.

Um poeta é sempre irmão do vento e da água:

deixa seu ritmo por onde passa.

Venho de longe e vou para longe:

mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho

e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes

andaram.

Também procurei no céu a indicação de uma trajetória,

mas houve sempre muitas nuvens.

E suicidaram-se os operários de Babel.

Pois aqui estou, cantando.

Se eu nem sei onde estou,

como posso esperar que algum ouvido me escute?

Ah! Se eu nem sei quem sou,

como posso esperar que venha alguém gostar de mim?


Por Cecília Meireles

Fonte: http://www.fabiorocha.com.br/cecilia.htm

AMORES FATAIS


Por Danilo Gustavo Vasconcellos de Gois

Meus olhos se fechando, já não havia mais fôlego nem para um adeus. Logo agora que ela realizara meu derradeiro e mais precioso pedido: ter, de seu rosto, a última visão em vida.

Não havia do que reclamar. Tive uma vida cheia de alegrias como qualquer pessoa normal; embora não tenha me livrado de muitas desavenças, algo também comum em se tratando de seres humanos. Só nunca imaginei ter um fim assim: em uma cama de hospital sem conseguir me mexer, nem fala. Apenas tinha a companhia dos médicos e enfermeiras que logo se tornaram minha família.

Mas desses novos parentes uma já tinha, há tempo, muito significado para mim. A médica responsável pelo meu caso era minha ex-mulher. Aquela, à qual já não dava mais valor, tinha minha vida em suas mãos. Porém, com o tempo e a convivência, logo começou a possuir também meu coração.

A cada momento, em meu quarto, era como uma injeção de alegria e paixão. Eu ficava tão confiante quanto a esses sentimentos que tinha quase certeza de que logo estaria curado, correria para os braços dela onde iríamos nos consumar por inteiro. Mas meu quadro era grave e sem volta. Eu, certamente, morreria; olhos abertos, 24 horas por dia, ouvindo e vendo tudo o que se passava ao meu redor; as pessoas, à minha volta, sem nem saber se me restava resquícios de consciência.

Como, tudo que é bom, dura pouco; chegara o meu fim. No meu interior estava feliz por que todos aqueles que me amavam estavam à minha volta fazendo o possível e o impossível para me manter ali com eles. Essa última lembrança ficou guardada para sempre na minha última memória...

Projeto: "O DESAFIO DE SER UM JOVEM-ESCRITOR" (Autor: aluno do 2º Ano do EM - CAJE).

"AMOR PARA NÃO SER ESQUECIDO"


Por Bruna Paolla Fortes do Amaral

Eu estava em uma de minhas noites de insônia e decidi telefonar para uma amiga que estava sempre disposta a me ouvir quando eu precisava. Após discar o número, o telefone chamou três vezes e me surpreendi ao ouvir uma voz masculina do outro lado da linha. Logo, percebi que havia discado o número errado e me desculpei pelo o engano cometido.

No entanto, meu ouvinte desconhecido se mostrou interessado e quis saber se eu estava com algum problema. Em poucos minutos eu havia narrado a minha vida para alguém do qual eu acabara de conhecer apenas a voz.

Mas isso mudou. No dia seguinte, marcamos de nos encontrar. Eram quatro horas da tarde e eu o aguardava ansiosa em uma lanchonete. Eu me sentei e logo fui atendida por um garçom muito gentil que, ao me entregar o cardápio, esse estava acompanhado de um bilhete no qual achava-se escrito um número de telefone que eu já conhecia. Sim: era dele! Tamanha foi minha surpresa que mal podia me conter. Acredite! Eu me apaixonei assim que os olhos dele se encontraram com os meus. Senti o que nunca havia sentido antes.

Ele se sentou ao meu lado e conversamos por horas e horas. O papo estava tão agradável que nem vimos o tempo passar, já que a única coisa que realmente percebíamos era a paixão em nossos olhos. Não hesitávamos em expressá-la

Passamos a nos encontrar todos os dias. E o que sentíamos um pelo outro só aumentava. Oficializamos nosso namoro depois de, aproximadamente, um mês. E passados mais sete, ficamos noivos.

Faltando cerca de dois meses para nosso tão esperado casamento, estávamos em uma loja fazendo as compras para o enxoval quando, de repente, ele começou a passar mal e teve que ser levado ao hospital. Exames foram feitos e o resultado foi terrível: ele estava com leucemia. Uma tristeza imensa tomou conta de mim, mas nos olhos dele não era possível enxergá-la; ele permanecia com aquela aparência tranquila, sorriso singelo, que me transmitia paz. Tocou suavemente em minha face e segurou minhas mãos, pedindo para que eu não me preocupasse e apenas ficasse ao lado dele, pois Deus cuidaria do resto.

Sua saúde piorava a cada dia, e o meu coração estava cada vez mais aflito, eu não podia perdê-lo! Orava, incansavelmente, por sua vida, mas parecia não ser o suficiente.

Às vésperas do dia marcado para nosso casamento, ele parecia ótimo, estava com uma expressão radiante, e isso me deixou extremamente feliz. A cerimônia teve seu início e tudo ocorria exatamente como em meus sonhos; a única coisa que eu não queria era acordar. Eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo! Nunca as palavras "na saúde e na doença, na alegria e na tristeza" foram ditas com tanta emoção.

Viajamos para nossa lua-de-mel que, infelizmente, não pode ser como planejamos: ela ocorreu em um hospital, onde eu passei a noite debruçada sobre meu amado que, durante o tempo todo tentava me acalmar, sorrindo e dizendo o quanto me amava. Pediu-me para prometer que jamais o esqueceria. Eu não pude conter meu desespero, e minhas lágrimas encharcaram-lhe o rosto, que não tinha mais luz nem para se expressar com aquele belo sorriso que tanto me encantara. Suas mãos suavam e seguravam as minhas com as últimas forças que ainda lhe restara.

A pessoa que eu mais amava morria em meus braços, e eu não podia fazer nada por alguém que havia feito tanto por mim: me mostrado o amor, a felicidade, o real sentido da vida, que agora se acabava de forma tão diversa da sonhada. Não há como descrever a dor que eu senti; uma dor que jamais se curará, pois ele era meu único remédio, e agora se foi. Por que Deus o tirou de mim? Por quê? Eu não sei a razão pela qual ele teve de partir, mas sei que ele não cruzou meu caminho por acaso, pois naquela noite de insônia, quando disquei o número errado, não foi um mero engano, era ele realmente quem deveria me atender, para mudar a minha vida para sempre. Ele não está ao meu lado, neste momento, mas posso senti-lo comigo; pois ao contrário do que nos foi dito em nosso casamento, nem a morte irá nos separar. Ele foi e sempre será o único e verdadeiro amor da minha vida, até que esta tenha seu fim. Eu o amo, ser tão querido! E jamais o esquecerei!!!


Projeto: "O DESAFIO DE SER UM JOVEM-ESCRITOR" (Autora: aluna do 2º Ano do EM - CAC).

SAÚDE E BELEZA DA MULHER

1. Colágeno Hidrolisado

O colágeno é um tipo de proteína. Uma de suas principais funções é formar fibras que dão sustentação à pele (para quem se exercita, contribui também na formação dos músculos). Extraído do osso e da cartilagem do boi, o colágeno passa pelo processo de hidrólise (quebra das moléculas de proteína) para ser mais facilmente absorvido pelo organismo.

1.1Funções do Colágeno Hidrolisado

O colágeno hidrolisado (um tipo especial de gelatina) contém os aminoácidos essenciais glicina e prolina em concentração 20 vezes maior do que outras proteínas. Ambos são componentes importantes do tecido conjuntivo e asseguram sua consistência e elasticidade. Ele também tem efeito regenerativo em ossos e articulações.

1.2 Benefícios do Colágeno Hidrolisado

•Retarda o envelhecimento e previne rugas.

•Combate a flacidez da pele.

•Fortalece unhas e cabelo.

•Contribui para saúde dos ossos.

•Combate celulite e estrias.

•Auxilia no funcionamento do sistema linfático.

1.3 Aplicação Cosmética

O colágeno é uma proteína "mágica" para deixar a pele mais firme. Dermatologistas já provaram que, ao usar produtos de beleza que levam o composto em sua fórmula, a pele torna-se mais macia, firme e saudável. O colágeno também ajuda na manutenção do tônus muscular deixando a pele mais firme e menos flácida.

1.4 Indicação do Colágeno Hidrolisado

É indicado para pessoas acima de 30 anos. Como suplemento nutricional é indicado para pessoas fisicamente ativas que desejam aumentar o consumo de proteínas, assim como para o fortalecimento de unhas e cabelos. Também é indicado em processos de cicatrização e recuperação de lesões e em processos de emagrecimento.

1.5 Deficiência

A deficiência de colágeno está também associada à diminuição da espessura do fio capilar e com a desidratação e perda de elasticidade da pele, culminando em flacidez e no aparecimento de rugas e estrias. Além disso, prejudica as articulações e enfraquece os ossos.

1.6 Onde é encontrado?

O colágeno hidrolisado é reconhecido como um ingrediente alimentício pelo Ministério da Saúde e pelo FDA (órgão que regulamenta alimentos e bebidas nos EUA) e atualmente já é possível observar no mercado alguns alimentos enriquecidos com essa proteína. O colágeno é facilmente encontrado em lojas de produtos naturais, orgânicos ou farmácias.

Podemos usar tanto o colágeno em cápsulas quanto em pó. É encontrado em pequenas quantidades nos alimentos que contém proteína como a carne e leite e nas gelatinas.

1.7 Modo de usar

Com apenas 10g de colágeno por dia, obtém-se o fornecimento ideal desse aminoácido tão importante. Dilua uma colher de sopa do Colágeno Hidrolisado em 200 ml a 250 ml de suco ou outro líquido de sua preferência e tomar 30 a 60 minutos antes do jantar.

2. Quais são os alimentos ricos em colágeno?

Encontram-se as principais fontes de colágeno nos alimentos ricos em proteínas de origem animal (carne vermelha, frango, peixe). Mas, para o colágeno ser sintetizado pelo organismo, é importante também consumir boas fontes de vitamina C (limão, melão cantalupo, caju, kiwi, acerola e goiaba), vitamina E, selênio e zinco (avelã, amêndoa e castanha-do-pará).

E a gelatina?

A gelatina que comemos de sobremesa tem só 10% de proteína e, por isso, não deve ser considerada como alternativa para firmar a pele ou deixar o corpo mais durinho. Mas é uma boa opção para enganar a fome ou matar a vontade de doce sem acrescentar muitas calorias. Já a gelatina em cápsula (ou farmacêutica) é o colágeno puro. Só que, por não ser hidrolisada, é menos eficiente. A explicação está no processo: “A hidrólise quebra as moléculas da proteína presente no colágeno. Menores, elas são absorvidas pelo organismo com mais facilidade”, explica a engenheira de alimentos Gisele de Carvalho Döll, de Curitiba. Ou seja, precisamos consumir uma dose bem maior de gelatina em cápsula para ter o mesmo efeito do colágeno hidrolisado.

3. Benefícios do colágeno em pó

Por que essa substância tem tanto poder? É um tipo de proteína. Aliás, 30% da proteína do nosso corpo compõem-se de colágeno. Ele tem como funções principais formar as fibras que dão sustentação à pele. O colágeno é naturalmente produzido pelo nosso organismo. Todavia, estudos mostram que, a partir dos 30 anos, o corpo sofre uma perda anual dessa proteína em torno de 1%. “Dos 50 anos em diante, a queda aumenta drasticamente”, diz Jocelém Salgado, pesquisadora e professora de nutrição humana da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). A produção passa a ser de apenas 35%, em média.

Por isso, alguns nutricionistas, dermatologistas e médicos ortomoleculares consideram o consumo do suplemento importante a partir dos 30 anos e essencial depois dos 50. Extraído do osso e da cartilagem do boi, o colágeno passa pelo processo de hidrólise (quebra das moléculas de proteína) para ser absorvido facilmente pelo organismo.

Sabrina Sato e Letícia Spiller aderiram ao colágeno em pó faz tempo, Claudia Ohana acaba de virar fã. O suplemento entrou no cardápio das atrizes que querem manter o corpo firme e o rosto jovem por mais tempo. E tudo indica que está dando supercerto. Também pode fazer o mesmo para adiar as ruguinhas. O colágeno é barato, prático (basta dissolver o pó na água), facilmente encontrado no mercado e sem contraindicação.

4. Por que o colágeno funciona com a dieta?

Se a pessoa está na faixa dos 20 anos? Uma dieta caprichada em alimentos que estimulam o organismo a produzir colágeno é suficiente. Agora, se vive estressada, fuma e abusa do sol, a produção desse componente começa a falhar mais cedo. E, sozinha, a dieta pode não dar conta. “Para essas pacientes, costumo recomendar a suplementação a partir dos 21 anos”, diz Amilton Macedo, dermatologista especializado em medicina ortomolecular, de São Paulo.

“O que as mulheres mais sentem com a queda do colágeno é a redução da elasticidade e a hidratação da pele”, afirma Mariana Vilela Stang, nutricionista do Amarynthe Spa, em São Paulo. Daí para aparecer rugas, celulite e flacidez é um pulo. “As unhas e o cabelo também ficam quebradiços e sem brilho”, completa a nutricionista Laura Breves, da Todavida Assessoria em Nutrição, do Rio de Janeiro. Tem outros prejuízos que não notamos de imediato: tendões, ossos e cartilagens – estruturas de sustentação que dependem do colágeno – ficam fragilizadas.

5. Menos fome e mais músculos

Para sentir na pele os efeitos do colágeno, classificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como novo alimento, precisamos consumi-lo todos os dias. Alguns profissionais preferem indicar a substância manipulada de acordo com a necessidade de cada paciente, mas também é vendida pronta, em cápsula ou em pó. A primeira opção é mais prática (a manipulada). Mas a segunda, diluída em água, tem a vantagem de proporcionar saciedade. Ou seja, de quebra, dá uma força no controle do peso. Se malharmos, ótimo! “Nesse caso, o colágeno também ajuda na construção dos músculos”, afirma a nutricionista Laura Breves. Os primeiros efeitos podem ser percebidos após dois ou três meses do consumo diário. Vale tentarmos!

6. O que tem na farmácia?

Aqui, algumas opções de colágeno hidrolisado à venda no mercado. Todas as versões em pó são livres de açúcar; a maioria é facilmente diluída em água (rende um refresco) ou leite (vira um shake). Há também o colágeno em cápsula.


6.1 BioSlim ColágenoDo Laboratório Herbarium -

Tem 5 gramas de colágeno em 10 gramas do pó.

No sabor chá verde e limão.


6.2 Gelamin – Da Advanced Products -

Tem 8 gramas de colágeno em 10 gramas do pó, além de vitaminas A e C.

Nos sabores laranja, tangerina e limão.


6.3 ColagentekDa Vitafor -

Tem 8 gramas de colágeno em 10 gramas do pó, nos sabores limão e laranja.


6.4 Collaghem – Do Laboratório Tiaraju -

Tem 10 gramas de colágeno em 10 gramas do pó. No sabor original.


6.5 Sanafit ColágenoDa Sanavita -

Tem 9 gramas de colágeno em 10 gramas do pó, além de zinco e vitaminas A, C e E. Nos sabores original, tangerina e limão com clorofila.


6.6 ColagemixDa Orient Mix -

Tem 6,5 gramas de colágeno em 20 gramas do pó. Com leite desnatado na formulação, vira um shake mesmo diluído em água. Nos sabores morango, baunilha, chocolate e laranja.


6.7 Gelape Da Nutricêutica -

Tem 8 gramas em 10 gramas do pó, mais 24 vitaminas e sais minerais.

Nos sabores morango, tangerina, limão e uva.


6.8 CollagenDa Performance Nutrition -

Tem 600 miligramas de colágeno em cada cápsula.


Fonte:http://boaforma.abril.com.br/dieta/aliados-da-dieta/colageno-po-488950.shtml




REPOSIÇÃO DO COLÁGENO COMBATE ENVELHECIMENTO

Mulheres sentem mais do que homens a deficiência de colágeno. Esse representa 25% de toda proteína do organismo humano. Sua função é primordialmente estrutural, ou seja, proporciona sustentação às células, mantendo-as unidas, sendo o principal componente proteico de órgãos como a pele, ossos, cartilagens, ligamentos e tendões.

O colágeno é produzido normalmente no nosso organismo desde que nascemos. Contudo, quando entramos na fase da maturidade, sua deficiência começa a ser notada, com a diminuição da elasticidade da pele, o aparecimento de rugas e o aumento da fragilidade articular e óssea.

Estudos mostram que a partir dos 30 anos, o corpo sofre uma perda de colágeno por volta de 1% por ano; e aos 50, passa a produzir apenas uma média 35% do colágeno necessário para os órgãos de sustentação.

Supõe-se que essa seja uma das principais causas do envelhecimento, uma vez que com a diminuição do colágeno os músculos ficam flácidos, a densidade dos ossos diminui, as articulações e ligamentos perdem sua elasticidade e força, e a cartilagem que envolve as articulações fica frágil e porosa. A deficiência de colágeno está também associada com a diminuição da espessura do fio capilar e com a desidratação e perda de elasticidade da pele, culminando em flacidez e no aparecimento de rugas e estrias.


Menopausa X perda de colágeno

As mulheres são as que mais sofrem com a perda de colágeno, pois apresentam uma quantidade menor desta proteína no corpo, comparativamente aos homens. Além disso, a deficiência de estrogênio que ocorre no sexo feminino por volta dos 45-50 anos faz com que haja uma diminuição da quantidade de fibroblastos, células responsáveis pela produção do colágeno, que junto com outra proteína, a elastina, compõem a trama de sustentação da pele.

Toda essa mudança provoca a redução do fluxo de sangue pelos vasos e leva a uma menor capacidade de retenção de água pelas células, além de desacelerar a atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas, que produzem a oleosidade que protege a pele como um filtro natural. Sem a mesma irrigação e hidratação a pele fica seca, enrugada e flácida, quebradiça e fina e muito mais sensível a escoriações e aos efeitos da exposição solar. Pequenos cortes levarão tempo para cicatrizar e as manchas irão proliferar com rapidez.

Estima-se que com a menopausa haja uma perda média anual de 2% de colágeno. A velocidade do processo vai depender da presença de fatores de risco como o tempo que a pele foi exposta ao sol ao longo da vida e o hábito do tabagismo. Estudos mostram que o cigarro pode aumentar de duas a três vezes o número de rugas em mulheres de cor branca de meia-idade, ao reduzir muito a irrigação sanguínea das camadas que formam a pele.


É possível repor o colágeno perdido?

O colágeno é reposto em nosso organismo por meio da alimentação equilibrada. Os alimentos de origem animal, tais como as carnes, principalmente as vermelhas, são excelentes fontes de proteínas e colágeno. Entretanto, somente a alimentação não é capaz de fornecer a quantidade ideal dessa proteína que nosso organismo necessita a partir dos 30-40 anos. É aí que entra a suplementação.

Estudos conduzidos em renomadas instituições de pesquisa estão mostrando que o uso diário de colágeno extraído industrialmente dos ossos, peles e tendões de animais não tem contra-indicação e é capaz de estimular a produção do colágeno natural, que perdemos com o passar do tempo. A reposição de colágeno alimentício está surgindo como uma nova ferramenta para tratamentos de osteoartrites e manutenção da estética e beleza.

As pesquisas mostram que o colágeno hidrolisado em pó contém uma série de fragmentos de proteínas que quando ingeridos são parcialmente digeridos e absorvidos, fornecendo aminoácidos fundamentais para a manutenção de ossos e a reconstituição ou regeneração de algumas articulações.

De acordo com pesquisadores da Unicamp, como o prof. Jaime Farfan, o colágeno em pó permite que o nosso organismo mantenha uma quantidade de massa muscular adequada, ajudando o organismo a utilizar eficientemente suas reservas lipídicas e de açúcar. Além disso, o colágeno em pó é um eficiente aliado contra processos de flacidez tecidual e quando aliado a atividade física torna-se uma excelente fonte protéica capaz que sintetizar massa magra, mantendo assim o aspecto jovial do nosso corpo.


Reposição de colágeno x saúde da pele

Uma investigação clínica do Medcin Instituto da Pele avaliou a firmeza, elasticidade e hidratação da pele, como conseqüência da ingestão de colágeno hidrolisado. O estudo contou com a participação de três grupos de 20 voluntárias cada, com idade entre 35 e 60 anos, que tomaram uma dose diária de uma bebida contendo ou 2g ou 5g de colágeno hidrolisado. O terceiro grupo recebeu amostra placebo, ou seja, uma bebida contendo carboidrato no lugar do colágeno hidrolisado.

As avaliações foram conduzidas em dois períodos: no início do estudo e após 60 dias, durante os quais o produto foi ingerido uma vez ao dia. Os resultados mostraram que as mulheres que consumiram 2g de colágeno/dia tiveram um aumento de 4,2% na firmeza e 8,5% na elasticidade da pele, enquanto que aquelas que consumiram 5g/dia tiveram um aumento de 17% na hidratação, 5,5% na firmeza e 10% na elasticidade da pele.


Reposição de colágeno x saúde dos ossos e articulações

Estudos recentes mostram evidências de que a administração de colágeno hidrolisado na dieta diária ajuda na prevenção e no tratamento de doenças degenerativas dos ossos e articulações como as osteoartrites e osteoporose, além de ser um suplemento alimentar importante na dieta de pessoas que expõem suas articulações a grandes esforços como atletas ou pessoas obesas.

Os cientistas vêm investigando o efeito dessa proteína no metabolismo dos ossos e cartilagens durante décadas. Em estudos clínicos em vários países, os pacientes reportam uma redução significativa da dor depois de haverem ingerido em média 10g de colágeno hidrolisado ao dia. Além disso, pode-se evitar muitas vezes o uso de analgésicos e outros antiinflamatórios, e em alguns casos a mobilidade articular até chegou a aumentar.

De acordo com o Dr. Steffen Oesser da Universidade de Kiel, na Alemanha, o colágeno hidrolisado, quando tomado como suplemento da dieta alimentar normal, pode ativar a síntese do colágeno na cartilagem. Ele ressalta também que em casos onde a cartilagem está sob tensão massiva, a administração do colágeno hidrolisado pode ser altamente significativa medicinalmente e reduzir modificações degenerativas.

Um estudo recente publicado na revista Cell Tissue Research mostrou que o enriquecimento de um meio de cultura celular com colágeno hidrolisado conduziu a uma estimulação significativa da síntese de colágeno em células da cartilagem.


Alimentos à base de colágeno

O colágeno hidrolisado é reconhecido como um ingrediente alimentício pelo Ministério da Saúde e pelo FDA, órgão que regulamenta alimentos e bebidas nos EUA, e, atualmente, já é possível observar no mercado alguns alimentos enriquecidos com essa proteína.

Eu, particularmente, tive a oportunidade de trabalhar com o colágeno hidrolisado em um alimento à base de soja, conhecido como Previna Mais. O alimento foi desenvolvido especialmente para mulheres que já passaram dos 40 anos e estão começando a enfrentar a deficiência estrogênica, que chega geralmente com a menopausa após os 50 anos. Além de proteínas de soja, isoflavonas e cálcio, o alimento foi enriquecido com o colágeno hidrolisado, visando proporcionar às mulheres uma suplementação dessa proteína tão importante para a preservação da saúde óssea, articular e da pele.


Fonte: http://www2.uol.com.br/vyaestelar/colageno.htm

Por Jocelem Salgado - mais informações: www.jocelemsalgado.com.br