Mídia:
Mal do Século XXI
Maria Eduarda Jaksys
No período entre 1939 e 1945, ocorreu a Segunda
Guerra Mundial. O estopim da guerra? A ganância do homem, ou seja, os alemães,
que queriam promover seu expansionismo em outras áreas. Neste tempo,
o nazismo propagou ideais antissemitas, devido à brutalidade do homem com seus
semelhantes. A partir disso, jornais e livros da época publicavam apenas o
que julgava permitido para manipular o povo alemão. A partir desse fato,
nota-se que a sociedade é manipulada pelas mídias, levada a consumir
materiais violentos, influenciando-a, consequentemente, a banalizar a
maldade.
A indústria cultural XXI distingue-se da
proposta no século XIX. Enquanto a indústria cultural nascente – proposta pelos
filósofos alemães Max Horkheimer e Theodor Adorno – tinha como objetivo
produzir arte com a finalidade do lucro; a atual tem como objetivo a
manipulação da massa a partir da naturalidade em que a brutalidade é abordada.
Portanto, torna-se nítida a ideologia de que a violência é um ato
comum.
A mídia, maior indústria cultural, é a provedora da
banalização do mal. Hannah Arendt, filósofa política alemã, aprofundou o
conceito de "Banalidade do Mal" em seu livro "Eichmann em
Jerusalém", que trata do julgamento de Adolf Eichmann, um judeu que
obedecia a qualquer voz imperativa, incapaz de refletir sobre seus atos. Arendt
defende que, com a massificação, a sociedade se torna incapaz de fazer
julgamentos morais, pois aceita ordens sem questioná-las. Tal conformismo com os
comandos midiáticos tornam os indivíduos manipuláveis, destituídos de senso
crítico, impossibilitam-nos de fazer algum julgamento moral sobre atos de violência.
Logo, a desumanização da massa é uma consequência dessa manipulação.
De acordo com os argumentos supracitados, a
manipulação da massa, promovida pela indústria cultural, a desumaniza.
Para que haja a humanização da sociedade, os conteúdos expostos pela mídia
devem ser avaliados por uma entidade secular, sem interesses políticos, antes
da sua publicação; também os indivíduos devem criar o senso crítico,
a partir da leitura. Por último, aproveitar os efeitos positivos de projetos
sociais mantidos pelas ONGs contra qualquer tipo de violência. Assim, o
homem se tornaria livre da manipulação e capaz de ver a
violência como um mal caminho a ser tomado.
PS.: Parabéns, Maria Eduarda! Excelente texto!
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