terça-feira, 4 de abril de 2017

UMA NOVA AUTORA: DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA:


Mídia: Mal do Século XXI
Maria Eduarda Jaksys


No período entre 1939 e 1945, ocorreu a Segunda Guerra Mundial. O estopim da guerra? A ganância do homem, ou seja, os alemães, que queriam promover seu expansionismo em outras áreas. Neste tempo, o nazismo propagou ideais antissemitas, devido à brutalidade do homem com seus semelhantes. A partir disso, jornais e livros da época publicavam apenas o que julgava permitido para manipular o povo alemão. A partir desse fato, nota-se que a sociedade é manipulada pelas mídias, levada a consumir materiais violentos, influenciando-a, consequentemente, a banalizar a maldade.

A indústria cultural XXI distingue-se da proposta no século XIX. Enquanto a indústria cultural nascente – proposta pelos filósofos alemães Max Horkheimer e Theodor Adorno – tinha como objetivo produzir arte com a finalidade do lucro; a atual tem como objetivo a manipulação da massa a partir da naturalidade em que a brutalidade é abordada. Portanto, torna-se nítida a ideologia de que a violência é um ato comum. 

A mídia, maior indústria cultural, é a provedora da banalização do mal. Hannah Arendt, filósofa política alemã, aprofundou o conceito de "Banalidade do Mal" em seu livro "Eichmann em Jerusalém", que trata do julgamento de Adolf Eichmann, um judeu que obedecia a qualquer voz imperativa, incapaz de refletir sobre seus atos. Arendt defende que, com a massificação, a sociedade se torna incapaz de fazer julgamentos morais, pois aceita ordens sem questioná-las. Tal conformismo com os comandos midiáticos tornam os indivíduos manipuláveis, destituídos de senso crítico, impossibilitam-nos de fazer algum julgamento moral sobre atos de violência. Logo, a desumanização da massa é uma consequência dessa manipulação. 

De acordo com os argumentos supracitados, a manipulação da massa, promovida pela indústria cultural, a desumaniza. Para que haja a humanização da sociedade, os conteúdos expostos pela mídia devem ser avaliados por uma entidade secular, sem interesses políticos, antes da sua publicação; também os indivíduos devem criar o senso crítico, a partir da leitura. Por último, aproveitar os efeitos positivos de projetos sociais mantidos pelas ONGs contra qualquer tipo de violência. Assim, o homem se tornaria livre da manipulação e capaz de ver a violência como um mal caminho a ser tomado.

PS.: Parabéns, Maria Eduarda! Excelente texto!


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