quinta-feira, 24 de março de 2011

PRODUÇÃO DE TEXTO V


(Conclusão)

Pensando no que já foi abordado seria muito simples dizer que os defeitos são o contrário das qualidades mencionadas. Em alguns momentos isso ocorreu. Só que pretendemos destacar outros que possam ser evitados em qualquer texto argumentativo. O primeiro seria voltado para os períodos longos. Não é que seja um “erro”. O erro está em ser longo e confuso. Um texto com frases desconexas, com repetições de palavras que comprometam a falta de vocabulário e expressões vulgares interferem na hora de persuadir o leitor. Os defeitos só surgem na hora de escrever. Muitos professores alegam que a contradição seja um defeito “gritante”. Outros preferem textos com pontos positivos e negativos porque aponta para duas visões. O texto argumentativo vive em todas situações possíveis. O que não podemos permitir é que a argumentação deixe de ser um ato de pensar. Os que pensam que comunicar é apenas transmitir informações, precisam pensar mais. Argumentar é fazer crer e a aceitação depende de vários fatores. Argumentar cujo sentido primeiro significa iluminar. É disso que precisamos. Iluminar para convencer.  Criticamos tanto os textos que lemos. Será que há uma explicação? Lendo o texto abaixo poderemos refletir antes de criar fórmulas de qualidades ou de defeitos:
... A moléstia é real, os sintomas são claros, a síndrome está completa: o homem continua cada vez mais incomunicável (porque deturpou o termo comunicação), incompreendido e/ou incompreensível, porque voltou-se pra dentro e se autoanalisa continuamente, mas não troca com os outros estas experiências individuais; está “desaprendendo” a falar, usando somente o linguajar básico, essencial e os gestos. Não lê, não se enriquece, não se transmite. Quem não lê, não escreve. Assim, o homem do século XX, bicho de concha, criatura intransitiva, se enfurna dentro de si próprio, ilhando-se cada vez mais, minado pelas duas doenças do nosso tempo: individualismo e solidão.
Por Luci Mary
FONTE: http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno07-14.html

OBS.: Os destaques em negrito, no texto,  é de responsabilidade da autora desse blog.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARNEIRO, Agostinho dias. Redação em construção: a escritura do texto. São Paulo: Moderna, 1993.
FÁVERO, Leonor Lopes & KOCH, Ingedore G. Villaça. Linguística do texto: introdução. São Paulo: Cortez, 1984.
FIORIN & SAVIOLI, Francisco Platão. 1990. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática.1995.
------ & SAVIOLI, Francisco Platão. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática.1996.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 13ª ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas.1986.
KOCK, Ingedore G. Villaça. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1990.------. Argumentação e linguagem. São Paulo: Cortez, 1989.    

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