domingo, 5 de agosto de 2012

A PALMADA: CERTO OU ERRADO



CONSTRUA SUA OPINIÃO SOBRE A PALMADA, 8º ANO!
TEXTO 1:

Cinco autores falam sobre a Lei da Palmada; ouça

Por Folha de São Paulo:

Leia nesse endereço o texto na íntegra:

TEXTO 2:

Lei da Palmada prevê punições aos pais

A aprovação ocorreu na comissão criada especialmente para discutir o assunto

Por Correio do Estado: 14/12/2011

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que proíbe o uso de castigos corporais em crianças e adolescentes, popularmente conhecida como Lei da Palmada. A aprovação ocorreu na comissão criada especialmente para discutir o assunto, mas como tem caráter conclusivo, o projeto seguirá para a tramitação e votação no Senado, exceto se houver recurso para que seja apreciado pelo Plenário da Câmara.

Relatado pela deputada Teresa Surita (PMDB-RR), o projeto prevê que pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança que sofrer a agressão deverá ser encaminhada a tratamento especializado.

Para aprovar a medida, a relatora concordou em alterar seu parecer e substituir a expressão "castigo corporal" por "castigo físico". Parlamentares da bancada evangélica impediram a votação do projeto nesta terça-feira por defenderem a substituição da expressão "castigo corporal" por "agressão física". O objetivo seria evitar a ideia de que a lei proibiria qualquer tipo de punição ou de limites a meninos e meninas.

A troca do termo por "agressão física" gerou críticas da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e de movimentos sociais que apoiavam o texto original, com "castigo corporal". Mas no fim da tarde de ontem, houve um acordo para que fosse incluída a expressão "castigo físico" em vez de "agressão física".

De acordo com a deputada Liliam Sá (PR-RJ), a bancada evangélica entendeu que a expressão “castigo corporal” interferia na educação dos filhos. “Então chegamos a um acordo e trouxemos para discussão. A bancada escolheu a expressão agressão física, mas isso descaracteriza o projeto, porque nem sempre um castigo físico que a criança sofre é uma agressão física", afirmou.

A presidente da comissão, deputada Erika Kokay (PT-DF), defendeu o texto original, argumentando que ele não fere a autoridade da família, como pensavam os evangélicos. “Não há na comissão qualquer tipo de dúvida ou qualquer polêmica acerca do sentido do conteúdo do projeto”, disse.

TEXTO 3: 
A importância de disciplinar os filhos
As consequências para os filhos quando os pais são negligentes

Por Julio Severo

A questão da disciplina dentro da família encontra-se bem tratada na Palavra de Deus. E o Novo Testamento até a utiliza para demonstrar como Deus não age diferente dentro de sua própria família espiritual:

Vocês se esqueceram da palavra de ânimo que ele lhes dirige como a filhos: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho”. Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos. Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam, e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, para assim vivermos! Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados. (Hebreus 12:5-11 NVI, o destaque é meu.)

Esse simples texto da Bíblia que lida com a questão da repreensão e castigo resume muito bem a essência da disciplina. O texto inteiro foi baseado no seguinte versículo de Provérbios: “Meu filho, não despreze a disciplina do SENHOR nem se magoe com a sua repreensão”. (Provérbios 3:11 NVI) O Novo Testamento fez assim uma referência bem relevante, pois não há livro em toda a Bíblia que contenha mais orientação sobre disciplina de filhos do que Provérbios.

ATENÇÃO! Prossigam na leitura desse artigo:
http://juliosevero.blogspot.com.br/2009/12/importancia-de-disciplinar-os-filhos.html

TEXTO 4: 
Palmadas e surras: reflexões sobre práticas coercitivas

Por Instituto de Psicoterapia Infantil

Medidas punitivas são práticas educacionais milenares, bastante arraigadas na sociedade. A prova disso é a referência encontrada em provérbios bíblicos e culturais por todo o mundo, que as associam a amor, boa educação e até a salvação [1]. Seja concebida como medida acessória ou como prática essencial na educação dos filhos, verifica-se que em alguns momentos existe um limite tênue entre a palmada, a surra e os maus tratos à criança ou adolescente. É nesse contexto que o Estado [2] propõe a proibição da palmada e seus derivados, dividindo opiniões entre pais e educadores. O texto de hoje vem acrescentar à discussão uma reflexão em torno dessa prática para que, posteriormente, sejam propostas alternativas para a punição normativa.

O termo práticas educativas parentais denomina uma série de comportamentos que os pais apresentam na criação de seus filhos. Tais atitudes são transmitidas de geração em geração, não pela via genética, mas pelo fato de o sujeito aprender tais comportamentos na convivência com seus antepassados imediatos, e assim sucessivamente.

Passemos, então, ao seguinte raciocínio: se um comportamento é aprendido e é perpetuado ao longo das gerações, significa dizer então que este é selecionado historicamente. Suas consequências devem ser fortes o suficiente para que uma pessoa se comporte dessa forma. No entanto, isso não quer dizer que sejam somente comportamentos adequados os perpetuados: o mesmo processo vale para os comportamentos ditos inadequados. Por exemplo, quando uma pessoa privada de atenção (ou sem atenção suficiente) se lesiona diante de pessoas ocupadas, isso provavelmente busca olhares e investimentos de quem a rodeia. Apesar de provocar dor, é funcional porque foi aprendido na história de vida e é mantido pelas consequências (obter atenção social). Existem outros comportamentos alternativos com a mesma finalidade, mas a pessoa aprendeu que dessa forma obtém o que deseja, e quanto maior essa associação, maior a dificuldade de mudança.

Dito isso, fica o questionamento: quais são as consequências da punição física quando ela é adotada no manejo de comportamentos inadequados?

O primeiro efeito observado é o resultado imediato: o comportamento inadequado (aquele que é contrário ao que é socialmente aceito ou que traz risco a quem o executa ou a outras pessoas) é prontamente suprimido. Por exemplo, quando um pai surra uma criança por esta bater em seu irmão, é possível que a criança não tente fazê-lo novamente. É um efeito que acaba fortalecendo o comportamento do agente punidor, pela sua própria eficácia. No entanto, o comportamento inadequado pode reduzir a frequência inicialmente, mas pode voltar a ocorrer. Vejamos.

ATENÇÃO! 
Prossigam na leitura desse artigo: 
http://psicoterapiacomportamentalinfantil.blogspot.com.br/2012/07/palmadas-e-surras-reflexoes-sobre.html

TEXTO 5:
A Lei da Palmada
Por Alexandre Henry – Escritor

Está em curso no Congresso o Projeto de Lei nº 7672/2010, conhecido como “Lei da Palmada”. Segundo a proposta, a criança e o adolescente terão “o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto”. De acordo com o texto do Projeto, castigo físico é a ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento ou lesão à criança ou adolescente. Já tratamento cruel ou degradante é a conduta ou forma cruel de tratamento que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize.
A intenção é excelente: coibir os abusos dos pais na criação de seus filhos. A consequência, porém, poderá ser desastrosa, pois o texto da lei é muito abrangente e pode ser interpretado de maneira a se proibir até mesmo uma simples e leve palmada. Eu também acredito que a melhor educação é aquela baseada no diálogo, mas não creio que o diálogo seja suficiente em todas as situações. Venho de uma geração que já apanhou menos que as anteriores, mas apanhou: com palmadas, cinto, vara, puxão de orelha, beliscão e por aí afora. E o interessante é que não vejo nenhum dos meus conhecidos dizendo que ficou traumatizado com isso, pelo contrário. Aliás, um tio meu sempre diz, falando das palmadas que recebeu da mãe, que “erradas foram as que não acertaram”.

Quando eu tinha doze anos, cheguei bêbado em casa e tomei uma surra de cinto, depois de ter vomitado no quarto inteiro. Se chorei? Claro. Se doeu? Lógico. Mas, não me traumatizou e me afastou das bebidas. Criança sabe quando está fazendo arte e, se o castigo não foi exagerado, geralmente não vê aquilo como algo errado. Quanto às humilhações, minha geração também passou por isso. Quem chegava em casa com um lápis do coleguinha era obrigado a ir lá e devolver para ele na frente de todo mundo. Quanto às ameaças, também tinha: fez bagunça na rua, a mãe só avisava: “quando a gente chegar em casa, você vai ver”. E via!

Certamente, algum desinformado vai ler este texto e vai me xingar, dizendo que eu sou a favor da tortura de crianças. Não é nada disso. Nós evoluímos, os tempos mudaram e acho que não há mais razão para surras diárias com varas de marmelo. O diálogo sempre deve vir em primeiro lugar. Porém, o que eu não vejo com bons olhos é a radicalização, proibindo até mesmo uma simples palmada em casos extremos, ou que a mãe faça a criança passar pelo constrangimento na frente de todo mundo de ter que devolver o lápis furtado do coleguinha. A vida não vai tratar aquela criança só com palavras, pode ter certeza.

OBS.: Além de vocês decidirem por um ponto de vista; espero que tenham anotado, no caderno de   Língua Portuguesa, opiniões favoráveis e contrárias sobre o tema para terem um bom repertório argumentativo afim de cumprir a atividade de produção textual: escrever um artigo de opinião.

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