domingo, 5 de agosto de 2012

CONSUMO RESPONSÁVEL: MEIO AMBIENTE



CONSTRUA SUA OPINIÃO SOBRE O TEMA, 9º ANO!



I - DESPERDÍCIO DE ÁGUA
TEXTO 1:

Por Flávio Coutinho

A maior parte da superfície do planeta Terra é recoberto de água, de tal forma que muitos afirmam que a Terra deveria chamar-se “Planeta água”. No entanto, esse fato não garante a abundância de água ou a garantia de seu uso, pois a maior parte dos recursos hídricos do planeta está nos oceanos e nas calotas polares, congeladas. Esses fatos dão o contorno de uma realidade inusitada, mesmo com a abundância de água no planeta terra, mais da metade da população do mundo sofre por falta ou por escassez desta, e nem o Brasil, com a riqueza de recursos hídricos que possui está excluído deste quadro, pois no Nordeste brasileiro ainda há muita gente que passa necessidades pela falta de água.

Escassez de Água
O Brasil se destaca pela sua riqueza de recursos naturais, entre eles estão também os recursos hídricos, pois sua reserva de água doce é a maior do planeta, enquanto outros países do Oriente Médio e da África sofrem pela escassez de água que ocasiona problemas crônicos de difícil resolução. Contudo, mesmo frente a tantos problemas ocasionados pela escassez de água em outros lugares do mundo e até em algumas regiões do Brasil, ainda se registra um grande volume de desperdício de água em nosso território, podendo a chegar até 70% do volume de água gasto.

Formas de Desperdício
São muitas as formas de desperdícios que ocorrem, e estas são classificadas, contudo o desperdício doméstico ainda é o grande vilão dessa história, e esse desperdício acontece especialmente no banheiro, com as cargas de descarga que são responsáveis por mais de quarenta por cento da água consumida em cada residência. Segundo os dados coletados a cada segundo puxando a descarga do banheiro é despejada dois litros de água no vaso sanitário, dois litros de água limpa, potável que é desperdiçada. Assim as caixas de descarga são o principal foco quando se trata de desperdício doméstico, e já estão sendo produzidas caixas de descarga com menor volume de água e sistema de contenção.


Evitar o Desperdício

Reciclagem de Água Doméstica
Em alguns países como, por exemplo, o Japão, o governo fez programas que obrigam prédios a possuírem sistemas de reaproveitamento de água. Enquanto um encanamento conduz a água potável, outro sistema hidráulico paralelo recolhe a água utilizada na lavanderia, cozinha e chuveiro para serem reutilizadas no banheiro.

Formas de Desperdício
O desperdício de água acontece quase de forma despercebida, e justamente por termos água em abundancia não percebemos o risco de se desperdiçar, contudo a mudança de pequenos hábitos pode representar grande economia de água, como no banho, na escovação de dentes, ao lavar o carro, as calçadas, o pátio das casas, as janelas, vazamentos, etc.

Falta de Água
Curiosidade: uma torneira pingando, durante um dia inteiro, gasta 46 litros de água; durante um mês ela gasta 1.380 litros de água potável, muito mais do que uma criança africana precisa para viver, e não tem.


TEXTO 2:
DESPERDÍCIO DE ÁGUA

São Paulo, por exemplo, já está sofrendo racionamento de água. Isso sem citar o Nordeste que sempre enfrenta o problema da seca. A palavra do momento é economizar, afinal cada gota economizada é um ponto a mais na luta para a conservação da Água no Planeta.

Gastar mais de 200 litros de água por dia é jogar dinheiro fora e desperdiçar nossos recursos naturais. Veja como podemos economizar água - e dinheiro - sem prejudicar a saúde e a limpeza da casa e das pessoas.

O desperdício residencial é o campeão, sendo que no Brasil, o desperdício de água chega a 70% e nas residências temos até 78% do consumo de água de uma residência sendo gasto no banheiro. Tudo isto pode mudar com simples mudanças de hábitos.

Veja os exemplos a seguir:

No Banheiro:
Feche a torneira enquanto escova os dentes ou faz a barba. Uma torneira aberta pode consumir, por minuto, até 2,4 litros (numa casa) ou 16 litros (num apartamento).
Tome banhos rápidos. A cada minuto no banho você gasta de 3 a 9 litros. 
Regule as válvulas de descarga. As convencionais usam cerca de 40% de toda a água de uma casa ou escola. Cada segundo que uma pessoa permanece com o dedo na descarga são 10 litros de água desperdiçados.

Na cozinha:
Limpe bem os pratos e panelas e jogue os restos de comida no lixo.
Deixe a louça na água para facilitar a lavagem.
Feche a torneira enquanto ensaboa e volte a abri-la apenas para enxaguar.
Ligue a máquina de lavar louça apenas quando estiver completa.

Na lavanderia:
Utilize a lavadora de roupa só quando ela estiver cheia e ligue no máximo três vezes por semana.
Reaproveite a água de chuva ou da máquina para lavar o chão da cozinha, área de serviço e quintal.

Nas áreas externas:
Varra as calçadas para retirar o lixo e use balde em vez de mangueiras.
Molhe as plantas com regador quando o sol estiver mais fraco.
Lave o carro utilizando o balde.
Prefira jardins a áreas cimentadas, favorecendo a infiltração da água no solo.

Manutenção:
Elimine vazamentos.
Troque ou conserte torneiras pingando.
Faça o teste do relógio de água.
Se os ponteiros continuarem rodando sem consumo, é sinal de vazamento.

TEXTO 3 (PUC-RS): Mundo Jovem

II - Como evitar o desperdício de energia 



O Mundo Jovem reuniu algumas dicas de utilização, compra e instalação de diversos aparelhos, com base nas recomendações do Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica (Procel).

Para aproveitar bem os recursos da natureza através das tecnologias desenvolvidas pelo ser humano, precisamos agir de forma racional. A energia elétrica é uma das que mais requerem cuidados, pois seu consumo sempre aumenta e há muito desperdício por aí. Mas todos podem fazer a sua parte em casa, na escola ou no trabalho, consumindo de forma inteligente, para economizar dinheiro e poupar a natureza de um desgaste desnecessário. Mundo Jovem reuniu algumas dicas de utilização, compra e instalação de diversos aparelhos, com base nas recomendações do Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica (Procel). 

GELADEIRA/FREEZER
Compra
• Procure os modelos que tenham o Selo Procel de Economia de Energia.

Instalação
• Instale o aparelho em local bem ventilado;
• Evite a proximidade do fogão e de aquecedores, ou de áreas expostas ao sol;
• Deixe um espaço mínimo de 15cm dos lados, acima e no fundo do aparelho, no caso de instalação entre armários e paredes.

Uso
• Não abra a porta sem necessidade ou por tempo prolongado;
• Arrume os alimentos de forma que se perca menos tempo para encontrá-los, e deixe espaços entre eles;
• Não guarde alimentos e líquidos ainda quentes ou em recipientes sem tampa;
• Não forre as prateleiras da geladeira com vidros ou plásticos, pois isto dificulta a circulação interna do ar;
• Faça o degelo periodicamente, conforme as instruções do manual, para evitar que se forme camada de gelo com mais de meio centímetro de espessura.
• No inverno, a temperatura interna do refrigerador não precisa ser tão baixa quanto no verão. Regule o termostato.
• Conserve limpas as serpentinas que se encontram na parte de trás do aparelho, e não as utilize para secar panos, roupas etc.;
• Quando se ausentar de casa por tempo prolongado, esvazie a geladeira e/ou freezer e desligue-os da tomada.
Teste de vedação das portas
     Problemas de vedação aumentam o consumo de energia do aparelho. Verifique o funcionamento da seguinte maneira:
• Coloque uma folha de papel entre a borracha da porta e o corpo do aparelho e feche a porta sobre ela;
• Tente retirar a folha. Se ela deslizar e sair facilmente, é sinal de que a vedação não está boa. Nesse caso, providencie a substituição da borracha e/ou o ajuste das dobradiças;
• Repita o teste em toda a volta da porta.

CHUVEIRO ELÉTRICO
Instalação
• Use circuito exclusivo na instalação, com fios compatíveis com a potência do aparelho;
• Não reutilize resistência queimada;
• Observe as recomendações do fabricante para o aterramento.

Uso
• Por ser um dos aparelhos que mais consomem energia, o ideal é que se evite seu uso nos horários de maior consumo (das 18h às 19h30min e, no horário de verão, das 19h às20h30min);
• Evite banhos demorados;
• Feche a torneira enquanto estiver se ensaboando;
• Quando não estiver fazendo frio, deixe a chave na posição menos quente.
• Nunca mude a posição verão-inverno nem ligue aparelhos elétricos enquanto estiver tomando banho, pois há risco de ocorrer choques ou de queimar a resistência.

TELEVISÃO
Uso
• Desligue o televisor quando ninguém estiver prestando atenção;
• Evite dormir com o aparelho ligado, ou ajuste a função sleep, para que aconteça o auto-desligamento em um tempo determinado;
• Se em sua casa tiver mais de um televisor, evite sempre que possível a utilização simultânea dos aparelhos.

Dicas de segurança
• Não mexa no interior de televisores, mesmo desligados. A carga elétrica pode estar acumulada e provocar choques perigosos;
• Não coloque palhas-de-aço na antena do televisor portátil, pois filamentos do metal podem cair dentro do aparelho e provocar curtos-circuitos, danificando-o.

LÂMPADAS
Compra
     Dê preferência a lâmpadas fluorescentes compactas ou circulares para a cozinha, área de serviço, garagem e qualquer outro local que fique com as luzes acesas mais de quatro horas por dia. Além de consumir menos energia, elas duram dez vezes mais.

Uso
• Evite acender lâmpadas durante o dia. Use melhor a luz do sol, abrindo bem as janelas, cortinas e persianas;
• Apague as lâmpadas dos ambientes desocupados. Use iluminação dirigida (spots) para leitura, trabalhos manuais etc. para ter mais conforto e economia;
• Pinte o teto e as paredes internas com cores claras, que refletem melhor a luz, diminuindo a necessidade de iluminação artificial.

FERRO ELÉTRICO
Uso
• Evite ligar o ferro elétrico nos horários em que muitos outros aparelhos estejam ligados, pois ele carrega a rede elétrica;
• Evite ligar o ferro várias vezes ao dia, pois provoca um gasto desnecessário de energia;
• Acumule a maior quantidade de roupas possível, e passe todas de uma só vez;
• No caso de ferro automático, use a temperatura indicada para cada tipo de tecido. Assim, você não corre o risco de desperdiçar energia com roupas que não necessitam de tanto calor para serem passadas;
• Para maior economia e melhor aproveitamento do seu tempo, separe as roupas a serem passadas de acordo com a composição do tecido (linho, algodão, lã, seda, fibra sintética);
• Os ferros mais modernos aquecem mais rapidamente do que esfriam. Por isso, você deve iniciar passando as roupas mais pesadas. No entanto, há aparelhos que levam em média cinco minutos para aquecerem. Neste caso, inicie passando as roupas que requerem temperatura baixa;
• Depois de desligar o ferro, aproveite ainda o seu calor para passar algumas roupas leves;
Dicas de segurança
• Para evitar o risco de provocar algum acidente grave, desligue o ferro ao interromper o serviço;
• Tenha cuidado para não encostar o ferro elétrico no fio da tomada quando ele estiver em uso;
• Ao terminar de usar o ferro, não enrole o fio em volta do aparelho ainda quente.


MÁQUINAS DE LAVAR ROUPA E LOUÇA
Compra
• Procure os modelos que tenham o Selo Procel de Economia de Energia.

Uso
• Para economizar energia, use-as na capacidade máxima indicada pelo manual, que vem junto com o aparelho na hora da compra;
• Limpe com frequência o filtro das lavadoras de roupas e louças;
• Utilize a quantidade correta de sabão ou detergente, para não repetir a operação de enxaguar;
• Leia com atenção o manual para saber tirar o máximo proveito das máquinas;
Dica de segurança
• Se levar choque ao tocar em partes metálicas de sua máquina, pode existir problema de aterramento na instalação. Procure um eletricista de sua confiança e não use mais a máquina até sanar completamente o problema.

AR-CONDICIONADO
Compra
• Procure os modelos que tenham o Selo Procel de Economia de Energia, pois eles representarão uma grande economia para você;
• Dimensione adequadamente o aparelho para o tamanho do ambiente.
Instalação
• Proteja a parte externa do aparelho da incidência do sol, sem bloquear as grades de ventilação;

Uso
• Evite o frio excessivo, regulando o termostato;
• Desligue o aparelho quando o ambiente ficar desocupado;
• Mantenha janelas e portas fechadas quando o aparelho estiver funcionando;
• Evite o calor do sol no ambiente, fechando cortinas e persianas. Não tape a saída de ar do aparelho;
• Mantenha limpos os filtros do aparelho, para não prejudicar a circulação do ar.
Curiosidade
     No verão, o ar-condicionado chega a representar um terço do consumo de energia da casa. Por isso é tão importante a utilização inteligente deste aparelho.

TEXTO 4:
III Pequenas atitudes podem evitar o desperdício de alimentos

No Brasil, segundo dados do IBGE, 64% de tudo o que é plantado acaba indo para o lixo. Em contrapartida, 13,9 milhões de brasileiros passam fome. Além disso, desperdiçar comida está diretamente ligado aos gastos desnecessário de água e energia. Esses números levaram a jornalista Lydia Cintra, da revista Superinteressante, a preparar dicas de como evitar os desperdícios de alimentos.

Faça uma lista de compras antes de fazer suas compras no supermercado
Essa rotina faz com que o consumidor opte por coisas realmente necessárias. O cuidado com a quantidade deve ser ainda maior quando se trata de alimentos frescos, que estragam mais rapidamente.

Use a data de validade como critério
Escolher os itens em um supermercado pode ser uma aventura, e como em todas as atividades que apresentam um pouco de risco, as compras também exigem atenção redobrada. É preciso sempre estar atento aos rótulos, para saber a procedência, composição e mais importante, a data de validade. Assim é possível evitar a compra de produtos que certamente não serão consumidos antes do vencimento e terão como destino o lixo.

Cuidado com a mania dos olhos maiores que o estômago
Colocar no prato somente aquilo que vai comer é outro passo importante. Os pais costumam dar esse recado aos filhos, mas o cuidado deve existir em todas as faixas etárias. Em alguns restaurantes os clientes que desperdiçam comida são obrigados a pagar multas, portanto é melhor repetir, do que jogar fora.

Não prepare mais comida do que o necessário
Esse mesmo cuidado tido na hora de montar o prato deve ser considerado no momento de preparar a comida. Lydia, indica o preparo alimentar sob medida. As famílias pequenas ou pessoas que moram sozinhas deve levar esse requisito a sério na hora de entrar na cozinha. Segundo ela, “a tática é boa para evitar que você coloque na panela mais do que vai no prato”.

Reaproveite partes esquecidas dos alimentos
A técnica do reaproveitamento de alimentos é essencial para ter uma alimentação consciente. Utilizar o alimento em sua totalidade evita que partes cheias de nutrientes sejam desperdiçadas. Isso pode ser aplicado a cascas de frutas e legumes, talos de vegetais, entre outras coisas que podem ser usadas em novas receitas.

Por UOL: Consumidor Moderno

TEXTO 5:
Dicas de combate ao desperdício de alimentos

- Os talos de couve, agrião, beterraba, brócolis e salsa, entre outros, contêm fibras e devem ser aproveitados em refogados, no feijão e na sopa.
- As folhas da cenoura são ricas em vitamina A e devem ser aproveitadas para fazer bolinhos, sopas ou picadinhos em saladas. O mesmo pode se dizer das folhas duras da salsa.
- A água do cozimento das batatas acaba concentrando todas as vitaminas. Aproveite-a, juntando leite em pó e manteiga para fazer purê.
- As cascas da batata, depois de bem lavadas, podem ser fritas em óleo quente e servidas como aperitivo.
- A casca da laranja fresca pode ser usada em pratos doces à base de leite, como arroz doce e cremes.
- A parte branca da melancia pode ser usada para fazer doce, que se prepara como o doce de mamão verde.
- Com as cascas das frutas (ex: goiaba, abacaxi, etc), pode-se preparar sucos batendo-as no liquidificador. Este suco pode ser aproveitado para substituir ingredientes líquidos no preparo de bolos.
- Evite consumir folhas com aparência amarelada.
- Cozinhe as verduras a vapor, assim elas não perderão o valor nutritivo.

POR:  Banco de Alimentos (ONG)

OBS.Além de vocês decidirem por um ponto de vista; espero que tenham anotado, no caderno de   Língua Portuguesa, opiniões favoráveis e contrárias sobre o tema para terem um bom repertório argumentativo afim de cumprir a atividade de produção textual: escrever um artigo de opinião.



ESTRUTURA DO ARTIGO DE OPINIÃO

Para a produção de um artigo de opinião, é necessário que haja um problema a ser discutido e seja proposta uma solução ou avaliação, refletindo a respeito do assunto. Assim, o artigo de opinião pode ser estruturado da seguinte forma: situação-problema, discussão e solução-avaliação. Vejamos: 

a) situação-problema: coloca a questão a ser desenvolvida para guiar o leitor ao que virá nas demais partes do texto. Busca contextualizar o assunto a ser abordado, por meio de afirmações gerais e/ou específicas. Nesse momento, pode evidenciar o objetivo da argumentação que será sustentada ao longo do artigo, bem como a importância de se discutir o tema;

b) discussão: expõe os argumentos e constrói a opinião a respeito da questão examinada. Para Guedes, todo texto dissertativo precisa argumentar, ou seja, apresentar provas a favor da posição que assumiu e provas para mostrar que a posição contrária está equivocada. Os argumentos baseiam-se nos conceitos apresentados, na adequação dos fatos para exemplificar esses conceitos, bem como na correção do raciocínio que estabelece relações entre conceitos e fatos (2002, p. 313). Para evitar abstrações, geralmente faz uso da exposição de fatos concretos, dados e exemplos, com o emprego de sequências narrativas, descritivas e explicativas, entre outras;

c) solução-avaliação: evidencia a resposta à questão apresentada, podendo haver uma reafirmação da posição assumida ou uma apreciação do assunto abordado. Não é adequado um simples resumo ou mera paráfrase das afirmações anteriores. Essa estrutura do artigo de opinião não é rígida, mas o caracteriza, diferenciando-o de outros gêneros, a fim de facilitar os encaminhamentos didáticos presentes no seu processo de ensino-aprendizagem.

POR:
Odete Maria Benetti Boff
Vanilda Salton Köche
Adiane Fogali Marinello

EXEMPLO DE ARTIGO DE OPINIÃO SOBRE O TEMA:

O tabu entre a palmada e o diálogo
Por Vivian Vascocellos

Especialistas afirmam que, quando se trata de violência contra crianças, a família é responsável pelos maiores casos de agressão. Segundo Gilberto Velho, autor de Violência, Reciprocidade e Desigualdade: uma perspectiva antropológica, a violência contra crianças e adolescentes ultrapassa o ataque físico e estende-se a ameaças e abusos psicológicos. Neste cenário, pais e educadores discutem quais as melhores formas de educar. A palmada ainda é considerada por uns um eficaz gesto para educar os filhos e por outros, uma forma agressiva de humilhação.

Psicólogo e fundador do Instituto NOOS, Carlos Zuma é um dos associados da Rede “Não Bata – Eduque” e é contra qualquer forma de agressão a crianças e adolescentes. “Educar exige ao responsável dar limites, o que não significa bater”, conta ao Opinião e Notícia. Com argumentos de disciplina rigorosa e tradicional, alguns pais desafiam Zuma, dizendo que, apesar de terem recebido esse tipo de educação, não sofrem por isso.

Na maioria das vezes, a violência é aprendida ou vivenciada. O psicólogo busca um trabalho para que o indivíduo relembre o que sentia na época em que apanhava. “O indivíduo passou por cima daquela situação, mas não tem como ele dizer que gostava desse tipo de agressão.” De acordo com historiadores, o castigo físico em crianças foi introduzido no Brasil pelos padres jesuítas no século XVI, conhecido como palmatória. “Se for para mantermos a tradição, não seríamos civilizados. Temos que mudar nesse sentido”, afirmou Zuma.

A Associação Brasileira de Crianças Abusadas e Negligenciadas afirma que anualmente 4,5 milhões de crianças são vítimas de abuso e negligências. Dentre muitas agressões, existem questões sociais e culturais a serem tratadas. Para a psicanalista e professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da PUC-Rio Junia de Vilhena, é preciso considerar também a negligência com que o Estado trata essas famílias, não dando suporte educacional e social para as situações do dia-a-dia. “Uma mãe que tranca o filho em um quarto durante todo o dia é considerada uma agressora? Mas e uma mãe que tranca os filhos para que eles não se misturem com o tráfico, na porta de casa?”

A alternativa para as agressões física e verbal — palmadas, beliscões, tapinhas na mão, pontapés, puxão de cabelo, rejeição ou desqualificação da criança ou do adolescente, xingamentos, entre outros, todas consideradas inaceitáveis pela rede “Não Bata- Eduque” — pode ser mais simples do que parece. O diálogo é apresentado como essencial, uma vez que crianças não nascem sabendo e precisam entender o que fizeram errado. Tirar objetos importantes para crianças e tirá-las de atividades que as interessem naquele momento, como brincar com os amigos e ver TV, também são eficazes, se implementados com um tempo razoável, de acordo com cada idade.

“Mais importante que criticar é elogiar a criança que têm atitudes boas e produtivas ou quando apresenta um bom comportamento. Não podemos partir do princípio que tudo o que a criança faz é uma obrigação dela”, comenta a psicanalista Junia de Vilhena.

Ambos os especialistas entrevistados afirmaram que muitos pacientes que apresentam comportamento agressivo sofreram agressões quando crianças. Tão grave quanto, eles afirmaram que pode acontecer o outro extremo: o adulto se tornar passivo, introspectivo e com baixa autoestima.

O instituto “Não Bata – Eduque” visa a Reforma Legal, a fim de “assegurar a vigência plena de legislação efetiva para a proteção de todas as crianças, incluindo a proibição explícita dos castigos físicos e humilhantes”.




A PALMADA: CERTO OU ERRADO



CONSTRUA SUA OPINIÃO SOBRE A PALMADA, 8º ANO!
TEXTO 1:

Cinco autores falam sobre a Lei da Palmada; ouça

Por Folha de São Paulo:

Leia nesse endereço o texto na íntegra:

TEXTO 2:

Lei da Palmada prevê punições aos pais

A aprovação ocorreu na comissão criada especialmente para discutir o assunto

Por Correio do Estado: 14/12/2011

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o projeto de lei que proíbe o uso de castigos corporais em crianças e adolescentes, popularmente conhecida como Lei da Palmada. A aprovação ocorreu na comissão criada especialmente para discutir o assunto, mas como tem caráter conclusivo, o projeto seguirá para a tramitação e votação no Senado, exceto se houver recurso para que seja apreciado pelo Plenário da Câmara.

Relatado pela deputada Teresa Surita (PMDB-RR), o projeto prevê que pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança que sofrer a agressão deverá ser encaminhada a tratamento especializado.

Para aprovar a medida, a relatora concordou em alterar seu parecer e substituir a expressão "castigo corporal" por "castigo físico". Parlamentares da bancada evangélica impediram a votação do projeto nesta terça-feira por defenderem a substituição da expressão "castigo corporal" por "agressão física". O objetivo seria evitar a ideia de que a lei proibiria qualquer tipo de punição ou de limites a meninos e meninas.

A troca do termo por "agressão física" gerou críticas da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e de movimentos sociais que apoiavam o texto original, com "castigo corporal". Mas no fim da tarde de ontem, houve um acordo para que fosse incluída a expressão "castigo físico" em vez de "agressão física".

De acordo com a deputada Liliam Sá (PR-RJ), a bancada evangélica entendeu que a expressão “castigo corporal” interferia na educação dos filhos. “Então chegamos a um acordo e trouxemos para discussão. A bancada escolheu a expressão agressão física, mas isso descaracteriza o projeto, porque nem sempre um castigo físico que a criança sofre é uma agressão física", afirmou.

A presidente da comissão, deputada Erika Kokay (PT-DF), defendeu o texto original, argumentando que ele não fere a autoridade da família, como pensavam os evangélicos. “Não há na comissão qualquer tipo de dúvida ou qualquer polêmica acerca do sentido do conteúdo do projeto”, disse.

TEXTO 3: 
A importância de disciplinar os filhos
As consequências para os filhos quando os pais são negligentes

Por Julio Severo

A questão da disciplina dentro da família encontra-se bem tratada na Palavra de Deus. E o Novo Testamento até a utiliza para demonstrar como Deus não age diferente dentro de sua própria família espiritual:

Vocês se esqueceram da palavra de ânimo que ele lhes dirige como a filhos: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho”. Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos. Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam, e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, para assim vivermos! Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados. (Hebreus 12:5-11 NVI, o destaque é meu.)

Esse simples texto da Bíblia que lida com a questão da repreensão e castigo resume muito bem a essência da disciplina. O texto inteiro foi baseado no seguinte versículo de Provérbios: “Meu filho, não despreze a disciplina do SENHOR nem se magoe com a sua repreensão”. (Provérbios 3:11 NVI) O Novo Testamento fez assim uma referência bem relevante, pois não há livro em toda a Bíblia que contenha mais orientação sobre disciplina de filhos do que Provérbios.

ATENÇÃO! Prossigam na leitura desse artigo:
http://juliosevero.blogspot.com.br/2009/12/importancia-de-disciplinar-os-filhos.html

TEXTO 4: 
Palmadas e surras: reflexões sobre práticas coercitivas

Por Instituto de Psicoterapia Infantil

Medidas punitivas são práticas educacionais milenares, bastante arraigadas na sociedade. A prova disso é a referência encontrada em provérbios bíblicos e culturais por todo o mundo, que as associam a amor, boa educação e até a salvação [1]. Seja concebida como medida acessória ou como prática essencial na educação dos filhos, verifica-se que em alguns momentos existe um limite tênue entre a palmada, a surra e os maus tratos à criança ou adolescente. É nesse contexto que o Estado [2] propõe a proibição da palmada e seus derivados, dividindo opiniões entre pais e educadores. O texto de hoje vem acrescentar à discussão uma reflexão em torno dessa prática para que, posteriormente, sejam propostas alternativas para a punição normativa.

O termo práticas educativas parentais denomina uma série de comportamentos que os pais apresentam na criação de seus filhos. Tais atitudes são transmitidas de geração em geração, não pela via genética, mas pelo fato de o sujeito aprender tais comportamentos na convivência com seus antepassados imediatos, e assim sucessivamente.

Passemos, então, ao seguinte raciocínio: se um comportamento é aprendido e é perpetuado ao longo das gerações, significa dizer então que este é selecionado historicamente. Suas consequências devem ser fortes o suficiente para que uma pessoa se comporte dessa forma. No entanto, isso não quer dizer que sejam somente comportamentos adequados os perpetuados: o mesmo processo vale para os comportamentos ditos inadequados. Por exemplo, quando uma pessoa privada de atenção (ou sem atenção suficiente) se lesiona diante de pessoas ocupadas, isso provavelmente busca olhares e investimentos de quem a rodeia. Apesar de provocar dor, é funcional porque foi aprendido na história de vida e é mantido pelas consequências (obter atenção social). Existem outros comportamentos alternativos com a mesma finalidade, mas a pessoa aprendeu que dessa forma obtém o que deseja, e quanto maior essa associação, maior a dificuldade de mudança.

Dito isso, fica o questionamento: quais são as consequências da punição física quando ela é adotada no manejo de comportamentos inadequados?

O primeiro efeito observado é o resultado imediato: o comportamento inadequado (aquele que é contrário ao que é socialmente aceito ou que traz risco a quem o executa ou a outras pessoas) é prontamente suprimido. Por exemplo, quando um pai surra uma criança por esta bater em seu irmão, é possível que a criança não tente fazê-lo novamente. É um efeito que acaba fortalecendo o comportamento do agente punidor, pela sua própria eficácia. No entanto, o comportamento inadequado pode reduzir a frequência inicialmente, mas pode voltar a ocorrer. Vejamos.

ATENÇÃO! 
Prossigam na leitura desse artigo: 
http://psicoterapiacomportamentalinfantil.blogspot.com.br/2012/07/palmadas-e-surras-reflexoes-sobre.html

TEXTO 5:
A Lei da Palmada
Por Alexandre Henry – Escritor

Está em curso no Congresso o Projeto de Lei nº 7672/2010, conhecido como “Lei da Palmada”. Segundo a proposta, a criança e o adolescente terão “o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto”. De acordo com o texto do Projeto, castigo físico é a ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento ou lesão à criança ou adolescente. Já tratamento cruel ou degradante é a conduta ou forma cruel de tratamento que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize.
A intenção é excelente: coibir os abusos dos pais na criação de seus filhos. A consequência, porém, poderá ser desastrosa, pois o texto da lei é muito abrangente e pode ser interpretado de maneira a se proibir até mesmo uma simples e leve palmada. Eu também acredito que a melhor educação é aquela baseada no diálogo, mas não creio que o diálogo seja suficiente em todas as situações. Venho de uma geração que já apanhou menos que as anteriores, mas apanhou: com palmadas, cinto, vara, puxão de orelha, beliscão e por aí afora. E o interessante é que não vejo nenhum dos meus conhecidos dizendo que ficou traumatizado com isso, pelo contrário. Aliás, um tio meu sempre diz, falando das palmadas que recebeu da mãe, que “erradas foram as que não acertaram”.

Quando eu tinha doze anos, cheguei bêbado em casa e tomei uma surra de cinto, depois de ter vomitado no quarto inteiro. Se chorei? Claro. Se doeu? Lógico. Mas, não me traumatizou e me afastou das bebidas. Criança sabe quando está fazendo arte e, se o castigo não foi exagerado, geralmente não vê aquilo como algo errado. Quanto às humilhações, minha geração também passou por isso. Quem chegava em casa com um lápis do coleguinha era obrigado a ir lá e devolver para ele na frente de todo mundo. Quanto às ameaças, também tinha: fez bagunça na rua, a mãe só avisava: “quando a gente chegar em casa, você vai ver”. E via!

Certamente, algum desinformado vai ler este texto e vai me xingar, dizendo que eu sou a favor da tortura de crianças. Não é nada disso. Nós evoluímos, os tempos mudaram e acho que não há mais razão para surras diárias com varas de marmelo. O diálogo sempre deve vir em primeiro lugar. Porém, o que eu não vejo com bons olhos é a radicalização, proibindo até mesmo uma simples palmada em casos extremos, ou que a mãe faça a criança passar pelo constrangimento na frente de todo mundo de ter que devolver o lápis furtado do coleguinha. A vida não vai tratar aquela criança só com palavras, pode ter certeza.

OBS.: Além de vocês decidirem por um ponto de vista; espero que tenham anotado, no caderno de   Língua Portuguesa, opiniões favoráveis e contrárias sobre o tema para terem um bom repertório argumentativo afim de cumprir a atividade de produção textual: escrever um artigo de opinião.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Resumo da narração de “os lusíadas”


Canto I
O poeta indica o assunto global da obra, pede inspiração às ninfas do Tejo e dedica o poema ao Rei D. Sebastião. Na estrofe 19 inicia a narração de viagem de Vasco da Gama, referindo brevemente que a Armada já se encontra no Oceano Índico, no momento em que os deuses do Olimpo se reúnem em Concílio convocado por Júpiter, para decidirem se os Portugueses deverão chegar à Índia.
Com o apoio de Vénus e Marte e apesar da oposição de Baco, a decisão é favorável aos Portugueses que, entretanto, chegam à Ilha de Moçambique. Aí Baco prepara-lhes várias ciladas que culminam com o fornecimento de um piloto por ele instruído para os conduzir ao perigoso porto de Quíloa. Vénus intervém, afastando a armada do perigo e fazendo-a retomar o caminho certo até Mombaça. No final do Canto, o poeta reflecte acerca dos perigos que em toda a parte espreitam o Homem.

Canto II
O rei de Mombaça, influenciado por Baco, convida os Portugueses a entrar no porto para os destruir. Vasco da Gama, ignorando as intenções, aceita o convite, pois os dois condenados que mandara a terra colher informações tinham regressado com uma boa notícia de ser aquela uma terra de cristãos. Na verdade, tinham sido enganados por Baco, disfarçado de sacerdote. Vénus, ajudada pelas Nereidas, afasta a Armada, da qual se põem em fuga os emissários do Rei de Mombaça e o falso piloto.
Vasco da Gama, apercebendo-se do perigo que corria, dirige uma prece a Deus. Vénus comove-se e vai pedir a Júpiter que proteja os Portugueses, ao que ele acede e, para a consolar, profetiza futuras glórias aos Lusitanos. Na sequência do pedido, Mercúrio é enviado a terra e, em sonhos, indica a Vasco da Gama o caminho até Melinde onde, entretanto, lhe prepara uma calorosa recepção. A chegada dos Portugueses a Melinde é efectivamente saudada com festejos e o Rei desta cidade visita a Armada, pedindo a Vasco da Gama que lhe conte a história do seu país.

Canto III
Após uma invocação do poeta a Calíope, Vasco da Gama inicia a narrativa da História de Portugal. Começa por referir a situação de Portugal na Europa e a lendária história de Luso a Viriato. Segue-se a formação da nacionalidade e depois a enumeração dos feitos guerreiros dos Reis da 1.ª Dinastia, de D. Afonso Henriques a D. Fernando.
Destacam-se os episódios de Egas Moniz e da Batalha de Ourique, no reinado de D. Afonso Henriques, e o da Formosíssima Maria, da Batalha do Salado e de Inês de Castro, no reinado de D. Afonso IV.

Canto IV
Vasco da Gama prossegue a narrativa da História de Portugal. Conta agora a história da 2.ª Dinastia, desde a revolução de 1383-85, até ao momento, do reinado de D. Manuel, em que a Armada de Vasco da Gama parte para a Índia.
Após a narrativa da Revolução de 1383-85 que incide fundamentalmente na figura de Nuno Álvares Pereira e na Batalha de Aljubarrota, seguem-se os acontecimentos dos reinados de D. João II, sobretudo os relacionados com a expansão para África.
É assim que surge a narração dos preparativos da viagem à Índia, desejo que D. João II não conseguiu concretizar antes de morrer e que iria ser realizado por D. Manuel, a quem os rios Indo e Ganges apareceram em sonhos, profetizando as futuras glórias do Oriente. Este canto termina com a partida da Armada, cujos navegantes são surpreendidos pelas palavras profeticamente pessimistas de um velho que estava na praia, entre a multidão. É o episódio do Velho do Restelo.

Canto V
Vasco da Gama prossegue a sua narrativa ao Rei de Melinde, contando agora a viagem da Armada, de Lisboa a Melinde.
É a narrativa da grande aventura marítima, em que os marinheiros observaram maravilhados ou inquietos o Cruzeiro do Sul, o Fogo de Santelmo ou a Tromba Marítima e enfrentaram perigos e obstáculos enormes como a hostilidade dos nativos, no episódio de Fernão Veloso, a fúria de um monstro, no episódio do Gigante Adamastor, a doença e a morte provocadas pelo escorbuto.
O canto termina com a censura do poeta aos seus contemporâneos que desprezam a poesia.

Canto VI
Finda a narrativa de Vasco da Gama, a Armada sai de Melinde guiada por um piloto que deverá ensinar-lhe o caminho até Calecut.
Baco, vendo que os portugueses estão prestes a chegar à Índia, resolve pedir ajuda a Neptuno, que convoca um Concílio dos Deuses Marinhos cuja decisão é apoiar Baco e soltar os ventos para fazer afundar a Armada. É então que, enquanto os marinheiros matam despreocupadamente o tempo ouvindo Fernão Veloso contar o episódio lendário e cavaleiresco de Os Doze de Inglaterra, surge uma violenta tempestade.
Vasco da Gama vendo as suas caravelas quase perdidas, dirige uma prece a Deus e, mais uma vez, é Vénus que ajuda os Portugueses, mandando as Ninfas seduzir os ventos para os acalmar.
Dissipada a tempestade, a Armada avista Calecut e Vasco da Gama agradece a Deus. O canto termina com considerações do Poeta sobre o valor da fama e da glória conseguidas através dos grandes feitos.

Canto VII
A Armada chega a Calecut. O poeta elogia a expansão portuguesa como cruzada, criticando as nações europeias que não seguem o exemplo português. Após a descrição da Índia, conta os primeiros contactos entre os portugueses e os indianos, através de um mensageiro enviado por Vasco da Gama a anunciar a sua chegada.
O mouro Monçaíde visita a nau de Vasco da Gama e descreve Malabar, após o que o Capitão e outros nobres portugueses desembarcam e são recebidos pelo Catual e depois pelo Samorim. O Catual visita a Armada e pede a Paulo da Gama que lhe explique o significado das figuras das bandeiras portuguesas. O poeta invoca as Ninfas do Tejo e do Mondego, ao mesmo tempo que critica duramente os opressores e exploradores do povo.

Canto VIII
Paulo da Gama explica ao Catual o significado dos símbolos das bandeiras portuguesas, contando-lhe episódios da História de Portugal nelas representados. Baco intervém de novo contra os portugueses, aparecendo em sonhos a um sacerdote brâmane e instigando-o através da informação de que vêm com o intuito da pilhagem.
O Samorim interroga Vasco da Gama, que acaba por regressar às naus, mas é retido no caminho pelo Catual subornado, que apenas deixa partir os portugueses depois destes lhes entregarem as fazendas que traziam. O poeta tece considerações sobre o vil poder do ouro.

Canto IX
Após vencerem algumas dificuldades, os portugueses saem de Calecut, iniciando a viagem de regresso à Pátria. Vénus decide preparar uma recompensa para os marinheiros, fazendo-os chegar à Ilha dos Amores. Para isso, manda o seu filho cúpido desfechar setas sobre as Ninfas que, feridas de Amor e pela Deusa instruídas, receberão apaixonadas os Portugueses.
A Armada avista a Ilha dos Amores e, quando os marinheiros desembarcam para caçar, vêem as ninfas que se deixam perseguir e depois seduzir. Tétis explica a Vasco da Gama a razão daquele encontro (prémio merecido pelos “longos trabalhos”), referindo as futuras glórias que lhe serão dadas a conhecer. Após a explicação da simbologia da Ilha, o poeta termina, tecendo considerações sobre a forma de alcançar a Fama.

Canto X
As Ninfas oferecem um banquete aos portugueses. Após uma invocação do poeta a Calíope, uma ninfa faz profecias sobre as futuras vitórias dos portugueses no Oriente. Tétis conduz Vasco da Gama ao cume de um monte para lhe mostrar a Máquina do Mundo e indicar nela os lugares onde chegará o império português. Os portugueses despedem-se e regressam a Portugal.
O poeta termina, lamentando-se pelo seu destino infeliz de poeta incompreendido por aqueles a quem canta e exortando o Rei D. Sebastião a continuar a glória dos Portugueses.


Por: http://thegoodarticle.com/os-lusiadas-de-luis-vaz-de-camoes/


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