Análise do Documentário Língua: Vidas em Português
O
documentário “Língua: vidas em português” remete-nos a pensamentos ricos sobre
o que é a formação de uma língua relacionada com a cultura de um povo. Durante
a exibição do filme é possível perceber que o falar a língua portuguesa, é algo
que vai muito além de simplesmente dominar um idioma. Na língua estão
impregnados os conceitos sociais, políticos, econômicos e até mesmo os
religiosos.
No
Brasil, ainda que se tenha uma variação regional de nossa linguagem, com
palavras que diferem de uma região para a outra, é possível que os integrantes
dessas regiões dialoguem perfeitamente entre si. Ao ver o filme, há momentos em
que a língua falada é tão particular daquele povo, que é preciso que se tenham
legendas, sem as quais não entenderíamos muito bem o sentido do que se flava.
Provavelmente a influencia cultural, social e religiosa tenha feito com que
isso acontecesse. Isso responde a pergunta: será que falamos mesmo o Português?
Quando assistimos ao filme, verificamos que mesmo que todos do filme falem o Português,
na realidade os países herdaram uma língua que foi ao longo do tempo modificada
pelas relações do povo com sua cultura, região, vivencia etc.
Uma
observação muito interessante é feita no filme pelo escritor José Saramago,
quando afirma que “não há língua portuguesa, há línguas em português”. Acredito
que esta expressão deriva-se da percepção do escritor sobre as variações na
forma de falar de cada povo. Outro ponto importante no documentário é o fato de
estarem inseridos no mesmo, pessoas de várias faixas etárias, pessoas do povo,
ambulantes, religiosos de várias religiões, artistas, dando uma visão bem ampla
das diferenças culturais que influenciam na forma de falar a língua portuguesa.
Não
é difícil perceber no filme que a pronuncia do português falado no Brasil é
totalmente diferente da pronuncia falado em outras regiões do mundo, mostrando
assim que a língua é formada por variedades e sofre um processo dinâmico, onde
os mecanismos da fala são diferentes. Nesse sentido, mesmo sendo Língua
Portuguesa, nunca teremos uma fala homogenia do idioma, quando visto em outras
regiões. A linguagem do documentário é simples, o que contribuiu para não
percebermos o tempo decorrido.
A
língua portuguesa não é uma língua estática, mas que se transforma em função do
ambiente onde e falada e é também fator de transformação desse ambiente.
Fonte do texto-análise: http://pensandosobre.webnode.com.br/news/analise-do-documentario-lingua%3A-vidas-em-portugu%C3%AAs-/
2. ASSISTIR AO DOCUMENTÁRIO (BRASIL E PORTUGAL): "Língua: Vidas em Português"
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