quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Leitura Crítica

É triste dizer isso, mas quanto pior a situação, melhor para o cartunista. Não, não somos bem uns urubus que faturam em cima da crise, mas é que...são mais assuntos, mais possibilidades, coisa nova. Fazer charge sobre eleições pela milésima vez é um saco. Ou festa junina - quem não desenhou as quadrilhas de Brasília?- ou olimpíadas...Deus é bom (Atenção: ative seu decodificador de ironia, please!) volta e meia Ele nos brinda com algum escândalo ou tragédia.

Por Alberto Benett 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

UMA BOA REFLEXÃO!

BIG BROTHER BRASIL
(Luiz Fernando Veríssimo)

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço... A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência. Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE... Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas. Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados.. Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia. Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo. O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!! Veja o que está por de trás do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!) Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade. -- - --
"Que Deus nos dê a sabedoria para descobrir o correto, à vontade para elegê-lo e a força para fazer que seja duradouro".
Parabéns para o Veríssimo! Concordo plenamente com ele!


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CULTURA REFLEXIVA SOBRE A VIDA




Um dia você aprende

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança ou proximidade. E começa aprender que beijos não são contratos, tampouco promessas de amor eterno. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de um adulto – e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, ao passo que o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e, por isto, você precisa estar sempre disposto a perdoá-la.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para construir confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, em um instante, pode fazer coisas das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família que nos permitiu conhecer. Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez que as veremos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que se pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Aprende que não importa até o ponto aonde já chegamos, mas para onde estamos, de fato, indo – mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.
Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados, ou analisados.

Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário fazer, enfrentando as consequências de seus atos. Aprende que paciência requer muita persistência e prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, poderá ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se. (…) Aprende que não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua alma – ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores. E você aprende que, realmente, tudo pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe – mesmo após ter pensado não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, e, você, o seu próprio e inquestionável valor perante a vida.

Por Willian Shakespeare

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CONFIÁVEL A NOTA DE REDAÇÃO DO ENEM?


Após recurso, aluno muda a nota da redação do Enem

05/01/2012 | 08h38 | Justiça 
     
Em uma decisão inédita da Justiça, um estudante de São Paulo conseguiu mudar a nota da redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Inicialmente anulado, o texto recebeu, após recurso judicial, 880 pontos – o valor máximo é 1.000. Só na edição de 2011 do Enem, foram 16 demandas judiciais por revisão de prova. Em 2010, 28. Até agora, o único êxito foi do aluno do colégio particular paulista Lourenço Castanho, cujo nome é mantido em sigilo.

Em 21 de dezembro, o Ministério da Educação (MEC) antecipou a divulgação dos resultados das provas do Enem – previsto para o início de janeiro. Em seguida, reclamações tomaram conta das redes sociais protestando contra a falta de transparência na correção das provas. Um dos inconformados foi o aluno paulista do Lourenço Castanho. “Ele é bolsista, sempre foi o primeiro da turma. Por isso, a anulação da redação dele era totalmente improvável”, argumenta Sylvia Figueiredo Gouvêa, diretora e sócia-fundadora da instituição paulista. O aluno solicitou explicações por telefone e e-mail ao atendimento do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do MEC responsável pela prova, e recebeu a resposta de que não havia erro na correção da redação. O edital do Enem prevê cancelamento de textos em que os participantes reproduzam desenhos ou impropérios, além de redações que desrespeitem aos limites da folha de resposta ou fujam do tema proposto.

Por acreditar que não se enquadrava nesse perfil, o aluno pediu ajuda à diretoria do seu colégio. “Como ele é um aluno excepcional, resolvemos arcar com uma advogada para ajudá-lo”, relata Sylvia. Na Justiça, a advogada solicitou que o Inep apresentasse, dentro de cinco dias, a redação corrigida para que fossem verificadas as razões da anulação. A escola conta que, dois dias depois, o Inep entrou em contato com o jovem, informando que a pontuação obtida era de 880. Apesar de já terem solucionado o problema da pontuação, a diretora afirma que ainda aguarda para ver a prova corrigida.

De acordo com o edital do Enem, a redação é avaliada por dois corretores sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Caso haja discrepância maior que 300 pontos, é necessária a avaliação de um terceiro corretor, responsável pela nota final. No caso do aluno do Lourenço Castanho, o MEC afirmou que houve necessidade da intervenção do terceiro corretor, que concordou com o zero. Após o recurso judicial, o MEC informou que uma comissão extraordinária formada pelas empresas Cespe/Cesgranrio, consórcio responsável pela aplicação do Enem, analisou novamente a redação e concedeu os 880 pontos.



OBS.: Cada um deve saber se o seu texto foi corrigido de forma justa ou não, portanto prestem atenção, estudantes! 


A falta de consideração acontece, primeiramente, com o aluno. Mas, esse deve saber se o seu texto recebeu nota injusta; afinal de conta, estudou redação por 3 anos e deve saber avaliar o próprio texto (é o que se espera ao final do ciclo Ensino Médio). Agora, se o texto não foi corrigido e não se enquadra em nenhum dos critérios para anulação, o estudante deve recorrer imediatamente. Há muitos casos pelo Brasil afora. Preste atenção ao que acontece com você, não siga a multidão por, simplesmente, ir com ela; seja consciente dos seus direitos. Se for o caso, o seu caso - reclame na JUSTIÇA.

Considero, ainda, uma falta de respeito com quem dá aulas de redação. Fica uma dúvida na cabeça dos alunos sobre se o professor que o treinou durante a sua formação é confiável ou não. 

E todos nós sabemos que a seleção da banca não considera a experiência do corretor na área de produção textos, se sabe escrever textos ou não; mas se é formado em Língua Portuguesa e se é professor na rede pública há um determinado tempo, dois anos, se não me engano. 

É suficiente para se tornar corretor em uma Banca Nacional? Muitos dos professores da rede pública -  excetuando os que são dedicados, porque há, não podemos generalizar  - não trabalham a redação nas suas disciplinas.  E quando trabalham, o fazem com um ou outro texto, esporadicamente. O que também reprova tal atitude do professor. Esse também pode, por titulação, estar entre os corretores das bancas. 

Está mais que na hora de o Enem mudar os critérios de seleção de corretores. Deveria haver uma prova rigorosa de aptidão para tal função! Isso arranha e muito a credibilidade do Enem.

DÚVIDAS SOBRE A NOTA DO ENEM?

Teoria de resposta ao item avalia habilidade e minimiza o “chute”

22 de Dezembro de 2011

A teoria da resposta ao item (TRI), metodologia de avaliação usada pelo Ministério da Educação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), não contabiliza apenas o número total de acertos no teste. De acordo com o método, o item é a unidade básica de análise. O desempenho em um teste pode ser explicado pela habilidade do avaliado e pelas características das questões (itens).

A TRI qualifica o item de acordo com três parâmetros:
• Poder de discriminação, que é a capacidade de um item distinguir os estudantes que têm a proficiência requisitada daqueles quem não a têm
• Grau de dificuldade
• Possibilidade de acerto ao acaso (chute)

Essas características permitem estimar a habilidade de um candidato avaliado e de garantir que essas habilidades, medidas a partir de um conjunto de itens, sejam comparadas com outro conjunto na mesma escala, ainda que eles não sejam os mesmos e que haja quantidades diferentes de itens usados para o cálculo.

Com a TRI, não é possível comparar o número de acertos em uma área do conhecimento com o de outra. Pela teoria, o número de questões por nível de dificuldade em cada prova e as demais características dessas questões afetam o resultado. Dessa forma, acertar 40 itens em uma área não significa, necessariamente, ter uma proficiência maior do que em outra, cujo número de acertos tenha sido 35. Além disso, por serem áreas do conhecimento distintas, não é possível fazer uma relação direta entre as escalas de proficiência.

A TRI pressupõe que um candidato com certo nível de proficiência tende a acertar os itens de nível de dificuldade menor que o de sua proficiência e errar aqueles com nível de dificuldade maior. Ou seja, o padrão de resposta do participante é considerado no cálculo do desempenho.

Entre as vantagens metodológicas da TRI está a possibilidade de elaboração de provas diferentes para o mesmo exame. Essas provas podem ser aplicadas em qualquer período do ano com grau de dificuldade semelhante e permitem a comparabilidade no tempo.

Outra característica da TRI é não ter um limite inferior ou superior padrão entre as áreas de conhecimento. Isso significa que as proficiências dos participantes não variam entre zero e mil. Os valores máximos e mínimos de cada prova dependerão das características dos itens selecionados. No Enem, somente a prova de redação tem esses valores pré-estabelecidos, uma vez que a correção não é feita com base na TRI.

Confira a tabela com as proficiências mínimas e máximas obtidas pelos participantes em cada área do conhecimento no Enem de 2011.



FONTE: Assessoria de Comunicação Inep/MEC

OBS.: Quem está insatisfeito com a nota do Enem, deve estudar a Teoria de Resposta ao Item para melhor entender como funciona a prova.